Com abadá e tudo mais! Casal faz maratona para seguir blocos de axé no Rio

Das 7h da manhã às 17h em clima de Carnaval. O casal Rosane e Alexandre Diniz maratonaram de bloco em bloco para curtir a paixão pela Bahia e sua música. Algo que compartilham nos 30 anos que tem de casamento. No sábado (27), depois de correrem atrás do trio de Léo Santana, no Bloco da Gold, seguiram para ver o bloco Ordinários Elétrico, a pé. Meia hora de caminhada do Centro do Rio para o Aterro do Flamengo em busca da alegria do axé music.

"Viemos andando, curtindo… A gente ama o carnaval, é a melhor festa, então vale a pena", disse Rosane, que vai passar o Carnaval em Salvador, também seguindo o trio do Gigante.

O amor pela música da Bahia é tanto que eles estavam vestidos com abadás do Bloco do Nana, de 2023.

"A gente gosta muito de axé, de pagodão baiano, fomos ao Carnaval de Salvador no passado e esse ano também estaremos por lá", conta Alexandre.

O Ordinários Elétricos foi o segundo tempo de Alexandre e Rosane, que se uniram a outros foliões para viver a alegria e a nostalgia do axé dos anos 90.

O bloco foi criado por 30 amigos que já tocavam em vários blocos do Rio. E tinham algo em comum a paixão pelo axé depois de uma viagem para o Carnaval de Salvador, em 2019. O grupo tem como padrinho e incentivador Compadre Washington, o vocalista do É o Tchan.

"Ele é homenageado, a gente já tem um relacionamento de amizade com ele. E ele curte demais, nos apoia. E quando o É o Tchan vem ao Rio, não perdemos um show", conta Monalisa Britto, uma das fundadoras do grupo.

Com vista privilegiada para o Pão de Açúcar, cartão postal do Rio, o bloco enfileirou hits "We are Carnaval", "Beleza Rara", "Capricho dos Deuses" e, claro, as do grupo de Beto Jamaica e Compadre Washington: "Melô do Tchan" e "Ralando o Tchan".

"Estamos nesse lugar aqui lindo, na frente da praia. A gente queria fazer muito aqui hoje, conseguimos", conta Gabriel Salles, também fundador do bloco.

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O bloco saiu pela primeira vez em 2020 e logo depois enfrentou o hiato da pandemia da covid19. Dessa vez, a divulgação ficou majoritariamente pelo Instagram, já que o bloco não consta na lista dos oficiais da Prefeitura do Rio. Nada que impeça a alegria dos cerca de 30 integrantes da bateria.

"Fazemos o Carnaval por amor. Nossa receita vem, em sua maioria, dos próprios integrantes da bateria. Dá muito trabalho colocar um bloco na rua, mas estamos aqui", explica Monalisa.

Ela ainda conta que a ideia de fundar o bloco surgiu da maneira mais carioca possível. "Voltamos pilhados da Bahia. E numa mesa de bar na Lapa, batemos o martelo: vamos fazer um bloco para homenagear o axé dos anos 90", lembra ela.

O Ordinários Elétricos volta a se apresentar no dia 16 de fevereiro, às 18h30, junto com o bloco Urubu Malandro, no Largo de São Francisco da Prainha, na Saúde.

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