Minhoqueens reúne drags e héteros em Carnaval eletrônico no Centro de SP
Um dos blocos LGBTQIAPN+ mais populares de São Paulo, o Minhoqueens desfilou hoje pelas ruas da região central de São Paulo, transformando o Carnaval numa balada eletrônica.
O que aconteceu
O bloco, que está comemorando seu oitavo aniversário, escolheu o tema "O Amor é Essencial" e encheu as ruas com participantes que dançavam ao som diversificado e escolhido por uma DJ drag queen. De cima de um caminhão, ela comandava a festa.
Fundado em 2017, inicialmente o bloco era voltado apenas para as drag queens. Hoje, porém, ele cresceu e é composto por membros de todos os gêneros, incluindo heterossexuais.
Ao UOL, a apresentadora e drag queen Mama Darling, fundadora do Minhoqueens, citou a importância do bloco e, num tom político, sem citar nomes, criticou a retirada de direitos da comunidade.
A importância que esse bloco tem para a cidade -- e para a sociedade como um todo -- é mostrar que um bloco LGBT também tem o direito de ocupar as ruas no Carnaval, afinal de contas é uma festa democrática. E a gente está aí para conviver em clima de harmonia. Este ano nosso tema lembra a todos que amar é o que importa. Eu, em pleno século 21, como membro de uma comunidade, não posso ver os nossos direitos sendo retirados.
Mama Darling, drag queen e apresentadora
Larissa Sanchez, 25, estudante de psicologia, participou da festa pelo segundo ano consecutivo e contou ao UOL que fez a transição de gênero aos 14 anos. Aos 16, conseguiu a mudança de nome e gênero nos documentos. Ela diz que teve o apoio da família e "a sorte de uma pessoa em um milhão", já que não enfrentou uma história triste ou teve que se prostituir.
Sou apaixonada pelo bloco. E acho extremamente importante termos um bloco assim, onde a comunidade possa se reunir, ser acolhida. A reunião de grupos traz um lembrete do quanto é libertador.
Larissa Sanchez, estudante
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