Mais de 120 pessoas passaram mal pelo calor durante trio da Ludmilla no Rio
A Prefeitura do Rio de Janeiro informou que os dois postos médicos da Secretaria Municipal de Saúde montados no circuito de blocos do Centro fizeram, na manhã e início de tarde desta terça-feira (13), 129 atendimentos. Muita gente passou mal durante a apresentação do Fervo da Lud, e o trio da cantora Ludmilla precisou encerrar a apresentação antes do previsto. Segundo a RioTur, o bloco reuniu 1,2 milhão de pessoas no Centro do Rio.
O que aconteceu
De acordo com a Prefeitura, foram feitos 83 atendimentos na unidade da Praça Ana Amélia e 46 na do Largo da Carioca. A maioria dos pacientes apresentava quadros relacionados à ingestão de bebidas alcoólicas em excesso e ao estresse térmico, devido ao forte calor.
De todas as pessoas atendidas, 14 precisaram ser removidas para Unidades de Pronto Atendimento (UPAs( ou unidades hospitalares, para cuidados com maior suporte.
O bloco da Ludmilla, Fervo da Lud, precisou ser encerrado mais cedo nesta terça-feira (13) por conta das altas temperaturas no Rio de Janeiro. Fazia 35º C na capital carioca, mas a sensação térmica era de 42º C.
O UOL presenciou ao menos 30 atendimentos da brigada de incêndio particular, contratada para fazer os primeiros socorros. Ludmilla repetia música sim, música não para os foliões se hidratarem.
Centenas de garrafas d'água eram jogadas de cima do trio da cantora e entregues aos foliões pela produção. O UOL apurou que, de 10 ambulâncias disponíveis no Posto Médico, seis foram deslocadas com foliões para hospitais próximos após o bloco.
A cantora sugeriu mudança de horário do seu bloco em 2025. "Inclusive quero propor da gente ano que vem fazer no fim da tarde ou à noite. Esse sol da manhã é muito quente", disse ela.
Fãs reclamam da produção do bloco
Rafaela da Cunha, 40, expôs sua decepção com o fim do bloco. "É muito frustrante vir participar de um evento que você sabe que tem um horário e, devido a outras situações, você acabar pagando por aquilo que você se preparou para participar. Eu vim sozinha, preparada para participar do evento. E aí eu não acho justo outros tipos de pessoas, que não estão preparadas para o evento, virem aqui participar".
Giovanna Maria, 20, de Caxias, diz que foi desnecessária a paralisação. "Pra mim foi desnecessário [a organização do bloco] porque eles estavam empurrando a gente. Dava muito bem para os três [carros] passarem normalmente. Mas ficam imprensando a gente e é aí que gera uma confusão. Te empurram e aí dizem que você empurrou e daí é um soco... Um cara mesmo veio empurrando a minha mãe o tempo todo e depois ainda ficou reclamando. Dava pra passar e eles empurrando a gente como se fossemos qualquer coisa."
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