Conteúdo publicado há 4 meses

Arrependido? Folião faz tatuagem de bebida em BH e garante: 'Estava sóbrio'

Luiz Eduardo Souza, 20, curtia o Carnaval de Belo Horizonte quando decidiu tatuar a lata da bebida Xeque Mate no último dia de folia. Ele afirma que não estava bêbado no estúdio de tatuagem.

O que aconteceu

Mineiro de Passos (MG), Luiz Eduardo passou o Carnaval em BH ao lado de amigos quando decidiu fazer a tatuagem: "Eu tava bem no meio de um bloquinho, o Truck e Desejo, com três amigos e um deles é tatuador", disse ao UOL o estudante que mora em Brasília, onde cursa Ciência Política na UnB (Universidade de Brasília).

A ideia da tatuagem veio na terça-feira (13): "Já era meio-dia do último dia de Carnaval, já tava um pouco alterado e perguntei para ele quanto custava fazer [uma tatuagem de] latinha de Xeque Mate. Ele falou um valor e eu queria fazer naquele momento", afirma Luiz Eduardo, chamado pelos amigos de Dudu.

Famosa em BH, a bebida é feita com chá mate, rum, xarope de guaraná e limão. Ela nasceu por acaso após mistura dos ingredientes numa festa.

O primeiro contato do jovem com o Xeque Mate foi aos 18 anos. Foi quando se mudou para BH devido aos estudos na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais): "É uma bebida clássica de BH, mas que já está começando a ficar bem famosa nacionalmente. Já vi gente de São Paulo e Rio de Janeiro já bebendo Xeque Mate".

Lata da bebida Xeque Mate tatuada na perna direita do estudante Luiz Eduardo, 20
Lata da bebida Xeque Mate tatuada na perna direita do estudante Luiz Eduardo, 20 Imagem: Lúcio Rabelo/ Arquivo pessoal

Apesar de querer tatuar de imediato, seu amigo tatuador achou melhor esperar: "Ele falou 'amanhã a gente faz, vamos curtir'. Acordei sóbrio no outro dia, muita gente duvidando, mas eu realmente estava sóbrio e fiz a tatuagem".

Com viagem marcada para às 18 horas da quarta-feira de Cinzas, Luiz Eduardo teve cerca de três horas para fazer a tatuagem: "O Dudu curte muito Xeque Mate. [...] Chegou no último dia [dele aqui e] a gente fez. Ele tinha viagem às 18h e começamos às 15h [no estúdio]", revela Lúcio Rabelo, tatuador de 25 anos.

Foi a primeira vez que ele tatuou a lata de bebida e deu tempo de fazer uma segunda tatuagem da Igreja de São Francisco de Assis da Pampulha: "Deu tempo de fazer as duas. Tentei desenhar e não ficar realista, mas deixar um pouco no meu estilo. Costumo fazer muito desenho aleatório, coisa de animal com profissão, bicho em cima de bicho. O último que deu uma bombada foi um galo de tênis".

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Igreja de São Francisco de Assis da Pampulha foi a segunda tatuagem de Luiz Eduardo na vida, feita no mesmo dia
Igreja de São Francisco de Assis da Pampulha foi a segunda tatuagem de Luiz Eduardo na vida, feita no mesmo dia Imagem: Lúcio Rabelo/ Arquivo pessoal

Hospedado na casa de um amigo, Luiz só sabia ser feliz: "Quando ele chegou aqui em casa, após a tatuagem, só conseguia ver o olho dele brilhando. A primeira tatuagem é sempre assim, mas aquela tinha algo de especial", ressalta Pedro Bravo, 23, estudante de Ciências do Estado na UFMG.

Muita gente pensa 'nossa, fez uma bebida', mas para mim é além disso. Gosto muito de BH, não é a toa que fiz também a Igreja da Pampulha e foram as minhas primeiras tatuagens. É uma boa história. Luiz Eduardo, estudante de Ciência Política

Amigos de Luiz Eduardo que também curtiram o Carnaval de Belo Horizonte
Amigos de Luiz Eduardo que também curtiram o Carnaval de Belo Horizonte Imagem: Arquivo pessoal

Notado pela marca

Após o resultado da tatuagem ser publicado nas redes sociais na quinta-feira (15), a própria marca de bebida elogiou o trabalho de Lúcio.

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"Fiquei tão linda! Amei", reagiu o perfil no X, antigo Twitter.

Luiz Eduardo conta como reagiu: "Fiquei bem feliz, eles entraram em contato comigo, fiquei bem satisfeito com isso. Ainda não me arrependi e acredito que não vou me arrepender. Tem um sentimento por trás disso, é só um símbolo que tatuei", explica o jovem, que diz gostar muito de BH e considera a cidade bastante acolhedora.

Nosso carnaval foi ótimo, o carnaval de BH é maravilhoso, e ter aquele momento eternizado em sua pele foi, sem dúvida, uma decisão maravilhosa. E se um dia ele se arrepender, o que eu duvido que vá acontecer, ao menos a gente tá tendo muita história pra contar, finaliza o amigo Pedro Bravo.

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