Bloco dos Bonecões arrasta famílias, artistas e pessoas em situação de rua
Bonecos gigantes chamam atenção de quem passa pela região da Sé (Centro) neste domingo (18). Em sua quarta edição, o "Bloco Bonecões Não sou marionete não" arrasta artistas, famílias, crianças e a população ao redor pelas ruas da região do Centro. O trajeto passa pelo Centro Histórico partindo da Rua XV de Novembro e Pátio do Colégio.
Além de movimento cultural, o Bloco Bonecões se posiciona como um bloco de pautas político-sociais.
A psicóloga Juliana Seidel, 29, diz que o trajeto no centro faz parte da ideia de ocupar a cidade e interagir com as pessoas do local.
"Estamos colocando nossa voz e nosso corpo na rua pelas pautas que acreditamos. A escolha de sair aqui na Sé também envolve incorporar as pessoas que estão ao redor. O carnaval é uma festa comunitária, coletiva e diversa".
Os Bonecões
Um boneco que é a cara do Belchior, cavalos, pássaros, mulheres, entre outros. Os bonecões exibem diversas cores e formas.
"Eles são arquétipos de pessoas e animais. Não são exatamente ninguém", diz Paulo Fará André, 56, bonequeiro responsável pela confecção dos bonecos. Fará tem uma coleção de 50 bonecos, e 30 deles saem no Bloco. Todo ano existe uma variação de como nossos bonecos são criados. O material utilizado é isopor com cola e tinta e apesar do tamanho, não são pesados.
"Eu aguento carregar um. Esse ano vou levar", diz Flora Peixoto, de 15 anos.
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