Hatch da GM muda de nome e visual, mas preserva virtudes que fizeram dele um sucesso de vendas
Do UOL, em São Paulo Marcos Camargo/UOLA Chevrolet achou a receita certa com o Onix. Bonito, bem equipado e relativamente espaçoso, o hatch é o queridinho do Brasil há cinco anos.
O mesmo acontece com o Onix Joy, que passou a se chamar apenas Joy com a estreia do novo Onix. E não foi só o nome que mudou: o modelo estreia um novo design que se soma ao bom conteúdo de série.
Com essas novidades, o Joy ainda é uma boa compra? Descubra a partir de agora.
Junto com o nome veio uma reestilização que nem é tão nova assim. O visual é o mesmo da atualização realizada na linha Onix em 2015. De toda maneira, a renovação veio em boa hora na linha Joy, que preservava o mesmo visual há alguns anos.
Os faróis afilados e com formato amendoado dão um ar mais sofisticado ao Joy. As lanternas ganharam novo formato e são mais largas do que antes. Só que nada mudou por dentro: a cabine é a mesma desde 2012 e já dá sinais de cansaço. Os bancos, em compensação, são bem confortáveis e têm uma aparência sofisticada com os apliques emborrachados e o revestimento que combina tecido com imitação de couro.
Embora já tenha quase cinco anos nas costas, o design do Joy ainda agrada e não fica devendo muito para concorrentes com visual mais atual, como Ford Ka e Hyundai HB20 Sense.
Itens de série (4): assim como a maioria dos rivais, o Joy não traz nada além do básico. Vem com ar, direção, vidros elétricos nas portas da frente e travas elétricas.
Design (4): o estilo é o mesmo da reestilização realizada em 2015, mas as linhas ainda agradam, especialmente do lado de fora.
Desempenho (4): o motor 1.0 SPE/4 é esperto e não decepciona na maioria das situações. Consumo é um dos pontos fortes.
Custo-benefício (4): mesmo não sendo o popular mais barato do segmento, o Joy é um bom negócio pelo preço honesto. Os custos de manutenção também são bons.
O motor é o mesmo 1.0 SPE/4 de 80 cv e 9,8 kgfm quando abastecido a etanol e 78 cv e 9,5 kgfm se movido a gasolina. Esta motorização, aliás, equipa apenas a linha Joy, já que o novo Onix adota um novo 1.0 aspirado de três cilindros.
O câmbio de seis velocidades possui engates suaves e é bem-vindo em um carro que exige constantes reduções de marcha para não perder o embalo em subidas. O hatch se comporta muito bem diante de ladeiras se estiver com duas ou três pessoas, mesmo com ar-condicionado ligado. Ele também é bem mais ágil do que o antigo Prisma Joy, agora conhecido como Joy Plus.
Porém, assim como o Joy Plus, o popular exige um pouco de paciência quando carregado com a lotação máxima. O nível de ruído também poderia ser um pouco melhor.
Apesar do motor veterano, o hatch ainda faz bonito no consumo de combustível: dados do Inmetro indicam 8,7 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada com etanol no tanque, números que sobem para 12,8 km/l e 15,2 km/l se o combustível escolhido for a gasolina.
O Joy está à venda por R$ 48.690, valor que o coloca em pé de igualdade com concorrentes mais modernos, como os já citados Ford Ka e Hyundai HB20 nas respectivas versões de entrada.
A lista de itens de série do Joy não é diferente da maioria dos populares de entrada do nosso mercado. Isso significa que o hatch vem com ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos nas portas dianteiras e travas elétricas.
E ainda há espaço para pequenas surpresas, como indicador de trocas de marcha e luz de seta com acionamento por um toque na alavanca.
Se o cliente quiser incluir o pacote Black por R$ 700 a mais, ele acrescenta gravatinhas externas na cor preta, luzes de posição dianteiras em LED, capas dos espelhos retrovisores na cor preta e revestimento exclusivo dos bancos.
A unidade avaliada por UOL Carros estava lotada de acessórios. Além de tapetes de borracha até no porta-malas, o carro tinha central multimídia com TV digital, sensores de estacionamento traseiros, câmera de ré e, pasmem, alerta de pontos cegos.
Este último tinha duas pequenas bolinhas instaladas na parte interna das colunas "A" com luzes que se acendem quando um veículo passa por um dos lados do veículo. Um luxo só.
O Joy é a típica compra racional. Feito para quem procura um carro popular, barato e fácil de manter, ele é confortável e bem equipado. Além disso, o hatch tem bom desempenho na cidade e é gostoso de dirigir no dia-a-dia - algo muito valorizado por quem utiliza o automóvel para trabalhar.
O popular também é bem econômico e tem um espaço interno suficiente para quem não precisa de um carro grande.
Se você não faz questão de ter o carro mais moderno da garagem, o Joy é uma boa indicação para atender suas necessidades sem estourar o orçamento.
Preço: R$ 46.490
Motor:1.0, 12V, 3 cilindros em linha, flex
Potência: 80 cv / 75 cv a 6.000 rpm
Torque: 10,2 kgfm / 9,4 kgfm a 4.500 rpm
Câmbio: manual de 5 marchas
Consumo: 9,1 km/l / 10,1 km/l (etanol) e 12,8 km/l / 14,6 km/l (gasolina)
0 a 100 km/h: 14,5 s
Velocidade máxima: 161 km/h
Dimensões: comprimento, 3,94 m; largura, 1,72 m; altura, 1,47 m; entre-eixos, 2,53 m
Peso: 989 kg
Porta-malas: 300 litros
Tanque: 50 litros
Preço: R$ 46.680
Motor:1.0, 12V, 3 cilindros em linha, flex
Potência: 85 cv / 80 cv a 6.500 rpm
Torque: 10,7 kgfm / 10,2 kgfm a 3.500 rpm
Câmbio: manual de 5 marchas
Consumo: 9,2 km/l / 10,7 km/l (etanol) e 13,4 km/l / 15,5 km/l (gasolina)
0 a 100 km/h: 14,8 s
Velocidade máxima: 166 km/h
Dimensões: comprimento, 3,94 m; largura, 1,69 m; altura, 1,52 m; entre-eixos, 2,49 m
Peso: 1.033 kg
Porta-malas: 257 litros
Tanque: 51 litros
Preço: R$ 48.690
Motor: 1.0, 8V, 4 cilindros em linha, flex
Câmbio: manual, seis marchas
Potência: 80 cv / 78 cv a 6.400 rpm
Torque: 9,8 kgfm / 9,5 kgfm a 5.200 rpm
Consumo: 8,7 km/l / 10,5 km/l (etanol) e 12,8 km/l / 15,2 km/l (gasolina)
0 a 100 km/h: 12 s
Velocidade máxima: 164 km/h
Dimensões: comprimento, 3,93 m; largura, 1,63 m; altura, 1,50 m; entre-eixos, 2,53 m
Peso: 1.034 kg
Porta-malas: 289 litros
Tanque: 54 litros
