Primeira convocação de Diniz confirma: a dor da mulher não importa
Convocação de Fernando Diniz dá uma ideia do que a sociedade pensa sobre crimes de violência contra mulheres.
Lucas Paquetá, investigado por suposta participação em esquema de apostas, foi cortado no ato da denúncia. Grave essa suspeição aí. Fora.
Antony, acusado pela mulher de violência doméstica, está na lista. Não pega nada. Não foi condenado ainda. Esquece. Dentro.
Perguntando sobre a incongruência, Diniz se contradisse explicando que nem tudo o que é dito pode ser levado tão a sério e dando a entender que a acusação contra Antony não é assim tão pesada.
Sobre Paquetá, melhor preservar, esperar a investigação, deixar a coisa rolar.
É lamentável que assim seja. Envolvimento em apostas não faz sombra a violência de gênero. Se a suspeição de um justifica corte, a do outro deveria justificar milhares de vezes mais.
Ofender o dinheiro é inaceitável. Bater em mulher é do jogo.
Não tem ninguém na CBF minimamente letrado a respeito do que representa a violência contra a mulher em nossa sociedade?
Não tem um homem ligado a valores que importam de fato?
Não havia uma pessoa para pensar: pera, se vai cortar o cara suspeito de fraude vamos ter que cortar o cara suspeito de bater na mulher.
Quem são as pessoas que fazem a CBF?
Diniz é um de nossos treinadores mais sensíveis, conscientes e doces.
Se ele vê as coisas dessa forma, a esperança de que a violência de gênero seja assunto relevante no meio do futebol escorre pelo ralo.
Aqui alguns dados da violência doméstica nesse ano de 2023 no Brasil. São números de uma guerra, mas quem se importa na CBF?
Opinião
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.
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