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Pia tira Debinha e Geyse no momento que mais precisávamos delas

Mais uma vez uma seleção brasileira perde para a França numa Copa do Mundo.

No caso desse jogo, tinha uma grande expectativa por achar que tinha chegado o momento do futebol feminino brasileiro dar um salto de qualidade no cenário mundial.

Isso não aconteceu. A seleção fez uma partida abaixo do esperado e acabou perdendo, tomando um gol no finalzinho do jogo por uma grande falha de atenção. Todos sabem que num escanteio a jogadora francesa mais perigosa é a zagueira Wendie Renard.

O escanteio foi do lado direito batido com pé invertido, e a Renard entrou nas costas da defesa sozinha para marcar o gol da vitória.

Todas as defensoras brasileiras ficaram olhando para a bola, por isso ninguém percebeu a movimentação da zagueira francesa.

Alguém tinha que estar colada nela para pelo menos dificultar o seu cabeceio, mas fez o gol sozinha.

Não foi treinada essa marcação individual na bola parada em cima dela?

Uma falha coletiva de atenção que responsabilizo não só as jogadoras, como a Pia Sundhage.

O Brasil poderia perder porque a França é melhor, mas não tomando um gol tão óbvio como esse.

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O primeiro gol já havia sido falha de posicionamento, porque, quando saiu o cruzamento alto, estava claro que a atacante iria escorar para a maior artilharia da seleção francesa, a camisa 9 Eugénie Le Sommer.

A artilheira foi deixada sozinha no meio da área e só teve que desviar a bola de cabeça e abrir o placar.

Mas o Brasil criou algumas ótimas chances, sempre saindo dos pés da nossa camisa 9 Debinha.

Era ela que estava criando os maiores problemas para a defesa francesa, tanto que fez um golaço mostrando habilidade no ótimo domínio com frieza e técnica na hora de dar o tapa e empatar o jogo.

Continuo contestando a ausência da Cristiane, que poderia fazer a diferença numa partida como essas.

Na metade do segundo tempo, colocando duas grandes jogadoras, como Marta e Cristiane, experientes, juntas, criaria tensão em qualquer adversário.

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A Pia foi teimosa porque tem uma incompatibilidade com a Cris, e quem saiu prejudicada foi a seleção brasileira.

Com a vitória da Jamaica, o Brasil caiu para terceiro no grupo e precisará vencer as garotas da ilha do gênio Bob Marley para conseguir se classificar e pelo jeito não será nada fácil.

Com um empate, seremos eliminados, porque a França ganhará com tranquilidade do Panamá.

Eu não entendi a saída da Geyse, da Debinha e da Antônia, que estavam muito bem na partida, assim como a Tamires.

A Geyse fez a jogada de fundo que saiu o gol da Debinha e em seguida ela sai?

Trocar a Debinha se estava sendo a jogadora mais perigosa, sendo que briga por todas as bolas, fez gol e não deixa nenhuma defesa tranquila.

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O caso da Antônia é o mesmo, porque estava bem no jogo, como também estava na estreia contra o Panamá, e a Pia a substituiu nos dois jogos.

Tenho outro incômodo com o trabalho da Pia Subdhage.

Será que ela entende mesmo a importância que a Marta tem quando está em campo?

O que a Marta significa para a segurança da nossa seleção?

Ela sabe que a liderança da Marta em campo passa segurança e confiança para as outras garotas?

São perguntas que precisam ser respondidas, porque não deu para entender a Cristiane fora da Copa, como também as alterações feitas nos jogos e muito menos o pouco tempo da Marta em campo.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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