6 coisas que todo mundo deveria saber sobre o períneo
A região que engloba o pênis, a vagina e o ânus pode ter um papel fundamental no sexo e exige atenção. Então, trate de conhecê-la melhor através dessas 6 informações básicas:
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1. Há diferenças entre o períneo feminino e o masculino
Clinicamente, na mulher consiste na região entre a entrada da vagina e o ânus; no homem, está localizado entre a raiz do pênis e o ânus. Anatomicamente, situa-se abaixo do assoalho da pelve (conjunto de músculos e tecido conjuntivo que "fecham" a abertura inferior da pelve). O períneo contribui para sustentar os elementos do sistema urogenital, evitando problemas como prolapsos (queda de um órgão de sua posição normal), perdas urinárias, incontinência fecal, diminuição do tônus vaginal, entre outros. O da mulher, devido à passagem do canal vaginal, apresenta uma porção muscular de sustentação da uretra diferente do masculino.
2. A região é importante para o sexo
Trata-se de uma área bem rica em vascularização e terminações nervosas, o que confere sensibilidade para a excitação sexual, sendo considerada uma zona erógena. A estimulação com massagens, lambidas ou toques leves pode produzir estímulos de prazer no cérebro, contribuindo para a ereção tanto do pênis quanto do clitóris. Nos homens, os músculos que constituem o diafragma urogenital, musculatura logo acima da porção profunda do períneo, apresenta importante função no controle da ejaculação, já que sua contração pode retardar a ejaculação. Homens com melhor capacidade de controlar esses músculos geralmente têm mais controle no momento da ejaculação. Nas mulheres, se o períneo estiver íntegro e conservado existirá maior contração e relaxamento dos músculos ao redor da vagina, aumentando o prazer sexual e a possibilidade de orgasmo.
3. A sensibilidade é a mesma para homens ou mulheres
Porém, alguns homens podem rechaçar qualquer tipo de sensação por bloqueios psicológicos associados a conceitos tradicionais de masculinidade. O toque da região perineal - um jeito bem excitante de estimular a próstata - pode não ser bem aceito por qualquer indivíduo.
4. Não tem relação com a fertilidade
Embora englobe a área dos órgãos genitais, não faz parte do contexto de reprodução.
5. Seu envelhecimento exige atenção
Há fraqueza da musculatura, com o risco de causar incontinência urinária nas mulheres. Além disso, com o passar dos anos, até por uma questão hormonal, a produção do colágeno diminui, afetando a região e provocando flacidez vaginal. O assoalho pélvico feminino também sofre alterações por causa de partos, sejam do tipo normal ou cesárea.
Fisioterapias direcionadas para a região - como os exercícios de Kegel - são muito importantes para o fortalecimento e o estímulo da região, tanto masculina quanto feminina. No caso dos homens, o reconhecimento e o controle do assoalho pélvico, também através da contração e do relaxamento, favorecem a ejaculação e facilita a abertura de esfíncteres na hora da micção e evacuação, ações que ficam comprometidas com a idade.
6. É preciso tomar cuidados com a região
Traumas na área podem ser responsáveis por dores crônicas no ânus e na vulva, e de difícil tratamento. Exercícios como spinning, quando realizados de maneira exaustiva e rotineira, podem trazer danos ao nervo pudendo (principal inervação da região), causando problemas futuros para o sistema urogenital da mulher e do homem. Higiene básica e consultas regulares ao ginecologista e/ao urologista são fundamentais, principalmente para acompanhamento e evitar processos infecciosos e inflamatórios.
FONTES: Alessandro Scapinelli, ginecologista de São Paulo (SP), e Alex Meller, urologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)
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