Contra projeto de lei, chef agita casamento coletivo gay: 'celebrar o amor'
"Para reafirmar uma posição inegociável em defesa dos direitos humanos, resolvemos fazer um evento público para celebrar o amor em suas múltiplas formas", é a assim que a chef Carmem Virgínia apresenta a oportunidade para 13 casais formados por pessoas negras ou interraciais e LGBTQIAP+
Eles serão selecionados para celebrar gratuitamente o amor num casamento coletivo em 18 de dezembro, no restaurante de Dona Carmem, o Altar de São Paulo (Vila Madalena). Os casais interessados precisam se inscrever até esta terça (31) por meio do formulário.
O momento não é à toa, nem a cerimônia acontece pela primeira vez. A festa surgiu como resposta ao Projeto de Lei 580/2007 que tramita da Câmara dos Deputados e propõe a proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Em 2018, no Recife, a chef que realizou um casamento coletivo movida pelo receio de que o último governo, ao assumir o poder no ano seguinte, fizesse mudanças na legislação de uniões homoafetivas.
Coletivo, diverso e ecumênico
Na época, Fafá de Belém cantou na cerimônia que também uniu 13 casais e participará novamente da celebração em São Paulo, cantando "Ave Maria".
As bênçãos serão concedidas pelos babalorixás Pai Everaldo e Dona Carmem, que também é iabassê (responsável pelo preparo dos alimentos sagrados no candomblé).
A festa após a cerimônia acontecerá no próprio restaurante e, para cobrir todas as despesas do evento, uma vaquinha virtual está em vigor para que as pessoas possam apoiar ação.
As colaborações também poderão ser feitas em forma de doações de itens importantes para a cerimônia como, por exemplo, flores, decoração, trajes para os noivos e noivas, mão de obra, dentre outros artigos que compõem o casamento. A cerimônia pública, gratuita e colaborativa acontece em parceria com a GEMA-UFPE (Núcleo de Pesquisa em Gênero e Masculinidades da Universidade Federal de Pernambuco).
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