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Ex teria matado brasileira a facadas e se suicidado nos EUA, diz polícia

A estudante brasileira Mellyssa Pereira da Costa, de 21 anos, encontrada morta dentro do apartamento em que vivia com o filho, teria sido assassinada a facadas pelo ex-companheiro em Danbury, no estado de Connecticut, nos Estados Unidos. As informações são da polícia local.

O que aconteceu:

Mellyssa e o ex-marido, identificado como o brasileiro Dheraldy Caldeira, de 29 anos, foram encontrados mortos no apartamento. A jovem era natural de Parauapebas, no Pará.

Ambos morreram em razão de ferimentos causados por uma grande faca de cozinha, segundo a polícia.

A polícia disse que a investigação, com base na cena do crime e as conclusões do gabinete médico-legal, indicam que Dheraldy teria matado Mellyssa e se suicidado na sequência. A família da brasileira também acredita nessa suspeita.

A polícia informou que foi acionada por volta das 7h34 (horário local) de segunda-feira (20) para ocorrência em um apartamento com suspeita de suicídio. O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Emergência Médica também foram acionados e chegaram no local antes da polícia.

O filho do casal, de cerca de um ano, foi achado com vida no local e levado a um hospital para atendimento, que constatou que ele estava sem ferimentos graves. Atualmente, a criança está em um abrigo sob tutela do governo norte-americano.

A família de Mellyssa aponta que Dheraldy não aceitava o fim do relacionamento, que havia sido rompido recentemente. As informações constavam em uma página de arrecadação que amigos e familiares fizeram para realizar o traslado do corpo ao Brasil.

Vida nos Estados Unidos

A estudante se mudou para os Estados Unidos havia três anos, acompanhada do então marido "em busca de melhorar a vida de ambos". Ela não tinha família no país, apenas amigos e companheiros de trabalho.

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Apesar da separação, Mellyssa decidiu ficar nos EUA até terminar a faculdade de Biomedicina e Perícia Criminal, segundo a família e amigos da brasileira e o JL2, da Rede Liberal, afiliada à TV Globo.

Procurado, o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Hartford, disse ter conhecimento do caso. O Itamaraty disse estar em contato com as autoridades locais e permanecer à disposição para prestar a assistência consular cabível à família da brasileira.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.

Centro de Valorização da Vida

Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV (Centro de Valorização da Vida) e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.

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