Boulos revela atrito com a filha por doar R$ 30 mil: 'Queria comprar roupa'

Convidado do "Desculpa Alguma Coisa", videocast de Universa com Tati Bernardi, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) conta que doou auxílio mudança de R$ 30 mil para a igreja do padre Júlio Lancellotti e que filha reagiu mal.

"Eu tenho um acordo com as minhas filhas que domingo é o dia delas, cada uma escolhe um domingo. Esses dias a gente foi pro cinema e elas estavam falando que queriam comprar roupa. A Laura chegou e uma roupa virou uma sacola de 500 reais. Eu disse que não dava. Ela virou pra mim e disse: 'Se você não tivesse dado o dinheiro lá pro padre, tinha dado, eu li que você deu R$ 30 mil", conta, aos risos.

O deputado ainda fala sobre suas ambições financeiras: "Minhas filhas adoram comida japonesa. Se eu puder levar elas num rodízio, eu levo e não tenho problema nenhum. Minhas demandas financeiras, no sentido de adquirir coisas de consumo, estão muito mais ligadas as minhas filhas, minha família. Poder guardar um dinheiro pra uma viagem legal, dar algo que elas querem".

Não sou franciscano, no sentido de demonizar riqueza, nada disso. Hoje, eu gosto quando posso tomar um vinho, uma cachacinha, comer uma comida legal.
Guilherme Boulos

Boulos diz que pensou em desistir da política após filhas sofrerem ofensas

O deputado conta episódio delicado que viveu com a família durante as eleições de 2018. "Um dia minhas filhas, que naquela época tinham sete, seis anos, chegaram em casa chorando, falando que não queriam ir pra escola porque se juntaram e falaram pra elas que o pai era ladrão, terrorista e invadia a casa dos outros. Comigo tudo bem, suas escolhas você paga. Mas elas pagando pelas minha escolhas?".

Boulos diz como reagiria se a filha decidisse morar em ocupação do MTST

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Boulos conta como foi seu início no MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto). "Foi um processo que as vezes às pessoas perguntam: 'E seus pais? Quando você foi morar num barraco de lona?'. Hoje eu acho que eles falaram pouco. Se minha filha fosse hoje? (ri). Eu tinha 17 anos. [...] Não sabia que queria ser político institucional, naquela época [quando saiu da ocupação] eu detestava, achava que esse caminho não resolvia nada. Acredito muito até hoje no movimento social e no papel transformador, mas ao longo desses 20 anos fui percebendo que se não disputarmos os espaços de poder da política institucional, a gente sempre vai bater no muro".

Boulos conta o que mudou na relação com Lula: 'As críticas têm que existir'

O deputado respondeu se, agora que é aliado do presidente Lula (PT), irá criticá-lo. "As críticas que tenho ao PT e ao governo, eu nunca tive dificuldade de fazer. A questão é: no cenário que a gente vive hoje, como a gente localiza essas críticas? O Brasil de quando o PSOL nasceu e o de hoje é outro. O Brasil hoje tem a extrema-direita organizada, Bolsonaro quase ganhando a eleição. O lugar dessas críticas não pode ser o mesmo".

Boulos conta que esposa o obriga a ler livros feministas e que toma bronca da filha

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O deputado conta que levou uma bronca da filha sobre estresse em Brasília. "Literatura feminista eu leio, menos do que deveria, Natalia às vezes obriga. (...) Quem tem esse TOC em casa, de sair arrumando tudo, sou eu. Há uma semana, cheguei em casa e falei que estava tudo uma bagunça, as louças tudo jogadas. Sofia chegou pra mim: 'Pai, você teve problemas em Brasília? Para de descontar na gente. Você ficou três dias fora". E o pior que eu tinha tido problema em Brasília".

Guilherme Boulos responde a nove perguntas e meia de amor

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