Homem inventa que ex é informante e ela é morta por tribunal do tráfico

Um homem foi preso após inventar que a ex-companheira era informante da polícia e ela ser morta por traficantes no Rio de Janeiro.

O que aconteceu

O suspeito, identificado como Iago dos Santos Fonseca, 26, foi detido dentro de casa, na quarta-feira (13), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O caso é investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros.

Ele não aceitava o fim do relacionamento de sete anos com Janayna Evangelista Napoleão, de 22 anos, e ameaçava a vítima.

Após um desentendimento, ela saiu da casa em que residia com Iago, em Nova Iguaçu, e foi morar na casa de parentes, na Fazendinha (RJ). Segundo a polícia, ela conseguiu um emprego em um shopping center da região e começou a se relacionar com outra pessoa na comunidade.

O homem inventou que a vítima, o seu novo namorado e um amigo dela seriam informantes da polícia. A informação chegou até os traficantes do local, que os submeteram ao "tribunal do tráfico".

O crime teria ocorrido na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, em outubro deste ano.

Eles foram mortos e seus corpos ocultados na comunidade. A Polícia Civil do Rio de Janeiro esclareceu que os corpos ainda não foram localizados. A identidade dos homens mortos com Janayna não foi confirmada pela corporação.

A investigação continuará para localizar os corpos e prender os traficantes envolvidos no crime.

Polícia analisou áudios com ameaças

Em áudios enviados para Janayna, Iago exigia que ela voltasse a morar com ele. "Vou fazer uma pergunta. Tu não vai voltar pra mim? Só isso, me responde. No mínimo, eu vou te deixar careca. Vou te deixar careca e dar muita paulada na sua cara", disse ele na mensagem enviada para a vítima.

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Dias antes do crime, ele foi até a comunidade para falar com a vítima, mas foi repreendido por ela e por dois amigos.

Iago vai responder por feminicídio. Ele também pode responder por homicídio por conta do desaparecimento de dois amigos da vítima.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie. Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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