Estudantes produzem e divulgam montagens de alunas nuas; polícia investiga
A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou nesta segunda-feira (18) uma operação contra produção e divulgação de imagens de alunas nuas de colégios particulares.
O que aconteceu
Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nas residências de alunos de duas escolas particulares da Barra da Tijuca, segundo a Polícia Civil.
Os adolescentes produziram imagens com inteligência artificial a partir de fotos reais. Nas produções, as estudantes estão retratadas nuas.
Relembre o caso
A polícia investiga a divulgação de fotomontagens de alunas da unidade do Colégio Santo Agostinho, no Rio. Pais das vítimas denunciaram o caso à 16.ª DP (Barra da Tijuca) e à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, que assumiu a investigação do caso.
A partir de uma foto da pessoa vestida, a inteligência artificial analisa as características e substitui por um corpo nu semelhante. Pelo menos 20 meninas - a maioria alunas do colégio - teriam sido alvos.
O autor das montagens pode ser processado pelo crime previsto no art. 241-C do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): "Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual", que prevê pena de prisão de um a três anos, além de multa. Se o autor ou os autores forem menores de 18 anos, não responderão pelo crime, mas por fato análogo a ele.
O Colégio Santo Agostinho enviou nota aos pais de alunos em que lamenta o episódio. "Serão tomadas as medidas disciplinares aplicadas aos fatos cometidos, em tutela escolar". Em outra nota, ao público em geral, a escola afirma que está apurando o caso e adotando as medidas previstas no regimento da escola.
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