PM é preso suspeito de agredir e matar jovem em discussão em posto na BA
A Polícia Civil prendeu hoje o policial militar suspeito de matar a tiros uma jovem de 23 anos em um posto de combustíveis durante uma discussão em Ilhéus (BA).
O que aconteceu
PM estava com mandado de prisão em aberto. O pedido feito pela polícia à Justiça ocorreu sob sigilo para preservar o inquérito policial, que reúne todos os elementos probatórios que comprovam a materialidade e autoria do crime, informou o delegado Helder Carvalhal de Almeida.
Motivação do crime seria ato fútil, diz delegado. A Polícia Civil informou que "a situação iniciou com um desentendimento entre a vítima e a tia do autor. O policial tomou partido da tia e começou as agressões, culminando no homicídio", detalhou. As investigações ainda continuam. O suspeito, identificado como João Wagner Madureira, passou por exames periciais.
Justiça mantém prisão de PM. Em audiência de custódia nesta quinta-feira (18), o Tribunal de Justiça da Bahia converteu em preventiva (por tempo indeterminado) a prisão do PM, argumentando que o homem fugiu após o crime. O juiz Guilherme Vieito Barros escreveu que as imagens das câmeras de segurança, que identificam o agente, e o laudo necroscópico se "constituem em indícios suficientes de materialidade e autoria" para se aceitar o pedido da polícia e do MP (Ministério Público).
Juiz autorizou apreensão de aparelhos eletrônicos do PM. A extração de dados encontrados nos aparelhos também foi liberada pelo magistrado, que apontou o dever de ser "apurada possível troca de mensagens entre o investigado e a vítima". João Wagner está afastado da corporação até a conclusão da investigação. A reportagem procurou a PM da Bahia para comentar a prisão, mas não obteve retorno.
Relembre o caso:
Fernanda dos Santos Pereira aparece agachada em imagens da câmera de segurança quando o PM se aproxima e chuta a jovem. O suspeito carregava uma arma de fogo na mão e aparenta tentar intimidá-la. O crime ocorreu na última quinta-feira (11).
A mulher e o policial partem para luta corporal após discussão. Em seguida, o homem agarra Fernanda e faz disparos contra ela. A jovem não sobreviveu aos ferimentos. Outras pessoas estavam no local e apenas observaram as agressões.
João Wagner não conhecia a mulher, informou a defesa do policial. Após o crime, os advogados ainda disseram que os disparos ocorreram de forma acidental e que a vítima teria acionado o gatilho durante a briga. ''João Wagner Madureira reconhece a gravidade do ocorrido e está preparado para responder perante a justiça'', escreveram em nota.
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