Empresário é indiciado por morte de jovem horas após encontro em MT
O empresário Jorlan Cristiano Ferreira foi indiciado pela Polícia Civil do Mato Grosso pela morte de Mayla Rafaela Martins, 22, em Lucas do Rio Verde.
O que aconteceu
O caso foi remetido à Justiça. Jorlan vai responder por homicídio qualificado (cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino no contexto da violência doméstica) e ocultação de cadáver.
O inquérito foi concluído pela delegada Ana Caroline Mortoza Lacerda na última sexta-feira (26).
O empresário teria se encontrado com a jovem horas antes do crime. Ao ser preso, Jorlan teria confessado ter matado Mayla, mas preferiu ficar em silêncio durante depoimento na delegacia.
O corpo da vítima foi achado abandonado no último dia 16, mesmo dia em que o suspeito foi detido. Jorlan e Mayla, uma jovem trans que trabalhava como garota de programa, se encontraram em um posto de combustível horas antes de a vítima ser morta.
Amigos relataram aos investigadores que Mayla se encontrava com "frequência" com o empresário, após a esposa dele viajar para outro estado. A mulher estava fora há um mês, junto com a filha do casal. De acordo com a investigação, a vítima teria demonstrado interesse em voltar a morar em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, mas Jorlan não aceitava e teria feito ameaças.
Jorlan levou Mayla para a própria residência na segunda-feira (15). Segundo a polícia, ele admitiu que matou a jovem a facadas no quintal da casa e enrolou o corpo na lona de uma piscina infantil, que pertencia à filha dele. Em seguida, ele ocultou o cadáver em uma fazenda na MT-485, entre os municípios de Lucas do Rio Verde e Sorriso.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres. Porém, a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
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