Vacina para gato: como funciona e a importância de mantê-la em dia
Não importa se você adotou um filhote, um adulto ou se foi o gatinho quem te adotou e apareceu em casa: é preciso se informar e colocar a vacinação dele em dia a partir do momento em que começa a convivência com o bichano. Além dos gatos serem animais muito sensíveis e, assim como os cachorros, estarem suscetíveis a diversas doenças que lhe causarão sofrimento, muitas delas são zoonoses e podem ser transmitidas aos donos.
Para te ajudar a manter seu animalzinho e você mesmo em segurança, o UOL Bichos respondeu às principais dúvidas envolvendo a vacinação de gatos!
Vacinação para gatos
Por que se deve vacinar os gatos?
Os gatos domésticos devem ser vacinados porque existem diversos parasitas que atingem especialmente esses animais, como o parvovírus felino. A parvovirose, doença que resulta dessa contaminação, pode causar sintomas como febre, vômito e até anemia nos gatinhos. Além dessa e de outras enfermidades que são transmitidas somente entre os felinos, existem ainda aquelas conhecidas como zoonoses, que podem ser passadas dos bichanos para seres humanos. Um exemplo é a ancilostomose, que causa anemia, problemas pulmonares e outros sintomas, e pode ser prevenida não com a vacinação, mas com outro método de imunização que é a vermifugação. Já uma zoonose felina que pode ser evitada com vacina é a raiva.
Quais são as vacinas que os gatos devem tomar?
De acordo com a Associação Mundial de Médicos Veterinários de Pequenos Animais o essencial é vacinar os gatos contra o parvovírus felino (FPV), o calicivírus felino (FCV), herpesvírus felino de tipo 1 (FHV-1). No Brasil, a vacina que previne essas viroses é a polivalente V3, mas existe ainda a V4 (que inclui a prevenção contra a clamidiose) e V5 (que inclui a leucemia felina). O veterinário pode orientar melhor sobre qual das três aplicar de acordo com o tipo de residência e região onde o gato mora.
Além da polivalente, também é indicada a vacinação dos gatos contra a raiva, com a aplicação da antirrábica.
Quantas vacinas um filhote de gato deve tomar?
Quando filhote, o gato deve receber a primeira dose da polivalente (V3, V4 ou V5) entre suas seis e oito semanas de vida. Antes disso, eles ainda possuem no corpo a imunização da mãe, passada pela placenta ou pelo leite da amamentação, que pode anular o efeito da vacina.
Os gatinhos deverão receber ainda mais duas doses da polivalente, com um intervalo de duas a quatro semanas entre elas, de acordo com orientação veterinária. Depois da última polivalente, quando o filhote tiver por volta de quatro meses, ele deve ser vacinado com a dose única da antirrábica.
Qual a idade para vacinar gato?
Se você tem um filhote em casa, a idade correta para início da vacinação é a partir da sexta semana de vida, seguindo o intervalo de duas a quatro semanas para as doses seguintes.
Mas se você adotou um adulto ou nunca chegou a vacinar seu gatinho quando filhote, ainda há tempo: procure um veterinário o mais rápido possível para que ele receba de duas a três doses da polivalente (com o mesmo intervalo previsto para os filhotes) e a dose única contra raiva.
Tanto a polivalente quanto a antirrábica precisam ser reforçadas todos os anos com doses únicas.
Quando dar injeção no gato?
Vendidas quase sempre sem a necessidade de prescrição veterinária, a injeção anti-cio para gatas e cadelas, que funciona como uma espécie de "anticoncepcional" para pets, é desaconselhada por profissionais e já foi tema de estudos na área, que comprovaram seus riscos para a saúde do animal. Essa injeção pode induzir o desenvolvimento de tumores e infecções uterinas nas gatas e o melhor caminho para evitar ninhadas continua sendo a castração.
Quais vacinas o gato deve tomar para viajar?
Para viajar, o gato precisa estar com todas as vacinas em dia (polivalentes e antirrábica). Em relação à antirrábica é preciso ter atenção especial: ela precisa ter sido aplicada há mais de 30 dias e menos de um ano. Além disso, deve constar na carteira de vacinação informações detalhadas sobre a vacina como nome comercial, número de lote, assinatura e carimbo do veterinário e data de aplicação e validade.
Se você vacinou seu bichano contra a raiva em campanhas públicas certifique-se de levar um comprovante da vacinação com essas informações, já que muitas vezes elas não são anotadas na própria carteirinha.
Para viagens nacionais, lembre-se de providenciar também um atestado de saúde do gato elaborado por veterinário, com todas as informações sobre o animal e seu estado de saúde. Para as internacionais, é necessário ter em mãos o Certificado Veterinário Internacional (CVI) ou o Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos, emitidos pelo Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro).
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