Luisa Mell vai ao Pantanal para ver de perto "a dimensão da tragédia"
A ativista pelos direitos dos animais Luisa Mell relatou em suas redes sociais na quinta-feira (17) sua ida ao Pantanal para ajudar no resgate e tratamento dos animais feridos pelo fogo. Nos últimos meses, o bioma enfrenta as mais graves queimadas em duas décadas de monitoramento pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e já perdeu cerca de 15% do seu território em 2020.
Além de denunciar nas postagens a omissão do poder público municipal e estadual sobre as queimadas na região, a ativista criticou diretamente o presidente Jair Bolsonaro, que afirmou em um discurso na Paraíba semana passada que "o Brasil está de parabéns" pela maneira que preserva o meio ambiente. Luisa Mell escreveu ainda que se o Pantanal fosse um banco, já estaria salvo.
Desde que o fogo no Pantanal intensificou-se em meados de julho, as fotos de animais mortos e feridos, não à toa, ganharam o centro do debate sobre a tragédia. O bioma é o mais rico do Brasil em termos de espécies animais e, até este ano, era também o mais bem sucedido na preservação da fauna local, com poucas espécies registradas no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Tudo pode mudar a partir de agora: o maior santuário de araras-azuis do mundo, assim como o parque que guardava a maior concentração de onças-pintadas, já foram atingidos pelas chamas.
Luisa Mell lembrou ainda, em uma de suas postagens, que não é apenas o perigo de ser queimado que aflige os animais selvagens, já que depois do fogo muitos deles ficam desabrigados e sem fonte de alimentos: "animais que conseguiram se salvar dos incêndios, agora buscam desesperadamente água e comida, neste cenário apocalíptico".
A ativista, famosa por há anos se sensibilizar com os casos de maus-tratos aos animais, relatou por fim seu assombro diante da tragédia pantaneira. "Confesso que foi difícil lidar com tanta dor e destruição", escreveu.
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