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Mordida poderosa e fama infantil; veja 5 fatos sobre o diabo-da-tasmânia

Diabo-da-tasmânia retornou à Austrália continental depois de três mil anos - Reprodução/GettyImages
Diabo-da-tasmânia retornou à Austrália continental depois de três mil anos Imagem: Reprodução/GettyImages

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/10/2020 13h38

O projeto #Devilcomeback (a volta do diabo) está levando, depois de três mil anos, os diabos-da-tasmânia de volta à Austrália continental. O país, que é conhecido também por outros marsurpiais tipicamente australianos como os coalas e cangurus, busca por meio da iniciativa reinserir essa espécie tão importante para a manutenção do ecossistema local.

O diabo-da-tasmânia se alimenta, entre outras coisas, de outros animais em estado de decomposição, e por isso é responsável pela reciclagem de material orgânico na cadeia alimentar.

Ao todo, 26 diabinhos circulam agora em território continental australiano. Descubra cinco curiosidades sobre sua extinção, alimentação, modo de vida e como, afinal, ele tornou-se uma celebridade do universo infantil.

O desaparecimento da espécie

Segundo a Aussie Ark, uma das instituições envolvidas na reinserção do diabo-da-tasmânia na natureza, a quase extinção dessa espécie na Austrália se deve a dois motivos centrais. Um deles decorre diretamente da ação humana, que foi a introdução no país de uma espécie de cão selvagem chamada dingo, utilizado especialmente na caça. Os dingos dizimaram boa parte da população de diabos-da-tasmânia em todo o território continental.

O que restava desses marsurpiais sofreu uma baixa no final do século passado, com o surgimento de um câncer contagioso - o único no mundo -, muito doloroso e fatal que acomete a face dos diabos-da-tasmânia. Cerca de 90% do que restava da espécie foi dizimada nos anos 1990 por essa doença.

Por que "diabo" e da "Tasmânia"?

Sabe os 10% por cento da população de diabos-da-tasmânia que não morreram em decorrência do câncer facial? Eles vivem exatamente na Tasmânia, uma ilha australiana. Hoje, são cerca de 25.000 mil indivíduos da espécie vivendo livres nas selvas da Tasmânia. Metade da dúvida respondida. Mas por que, afinal de contas, esses animais são chamados de "diabos"?

A hipótese número é que seja por conta de seus gritos e grunhidos nada discretos, que popularmente é associado ao barulho que o demônio faria. Além disso, eles também são animais ariscos e agressivos em algumas situações, como quando estão caçando ou se sentindo ameaçados, por exemplo. Assistir ao ritual de alimentação do diabo-da-tasmânia pode ser um pouco assustador: sua mandíbula forte é capaz de destruir a presa em poucos minutos.

Mordidas poderosas

A força da mandíbula de um diabo-da-tasmânia confere a ele uma das mordidas mais poderosas entre todos os mamíferos! Por isso, quando ele se alimenta de restos de outros animais, é capaz de destruir a carcaça, com todos os ossos, em poucos minutos.

Fama nas telas

A fama do diabo-da-tasmânia de um animal raivoso, agressivo, barulhento e faminto sem dúvidas deve muito a sua representação em desenhos animados na figura de Tas, da animação infantil da Looney Tunes Tasmania. O personagem, embora tenha sido inspirado pelo animal real, não tem muitas semelhanças físicas com ele. E justiça seja feita, nem temperamentais. Embora em caça o diabo-da-tazmânia seja bastante feroz, ele não costuma oferecer perigo a humanos, por exemplo, em outras situações.

Fome voraz

Uma semelhança inegável com o desenho animado, por outro lado, é que o diabo-da-tasmânia realmente costuma ter uma fome voraz, devorando de pequenas presas, como sapos, pássaros, peixes e insetos até carcaças de animais já mortos. Quando não encontram alimento ou continuam famintos depois de comer, eles podem se alimentar de qualquer coisa como cabelos, ossos e até terra quando não têm mais a que recorrer.