Acidente, buraco e cantoria marcam desfile da Mancha Verde
Com um acidente antes mesmo de entrar no Sambódromo do Anhembi, a Mancha Verde fez um desfile que começou marcado por problemas na primeira noite do grupo especial do Carnaval 2022 em São Paulo. No entanto, a alegria dos componentes da escola e a beleza dos carros alegóricos contagiaram a arquibancada.
Ainda durante a concentração, o braço de uma das alegorias caiu. Tratava-se de uma parte do carro abre-alas, e os membros da agremiação precisaram correr para tentar minimizar o acidente para a Mancha conseguir entrar. Isso gerou sete minutos de atraso até que a Comissão de Frente entrasse na avenida.
Mesmo assim, a escola deixou um buraco na avenida, já que o carro que sofreu o acidente entrou apenas 15 minutos depois. Isso pode acarretar desconto de pontos, e também fez a escola precisar correr para encerrar sua apresentação dentro dos 65 minutos máximos estipulados para o andamento.
Planeta Água
Vice-campeã do Carnaval 2020, a escola originada da torcida organizada do Palmeiras escolheu como tema o samba-enredo "Planeta Água", escrito por Marcio André Filho, Marcelo Lepiane, Lico Monteiro, Rafael Ribeiro, Richard Valença, João Perigo, Solano Mota, Leandro Thomaz, Telmo JB, Lanza Muniz Moraes e Rosali Carvalho.
"O enredo tem duas grandes vertentes", contou o diretor de carnaval da agremiação, Paolo Ricardo de Moraes Bianchi. "Uma delas é a religiosa, como a água se introduz em várias religiões, e também, por outro lado, um tema atual, que é a escassez, mostrar como o homem maltrata a água."
Mesmo com os problemas, a força de vontade e a paixão dos integrantes da escola ficaram evidentes durante o desfile. Os carros alegóricos animaram muito a arquibancada e a torcida compareceu em peso.
Durante alguns momentos do desfile, a bateria fez alguns "apagões", e a comunidade continuou entoando o samba-enredo à capela com bastante fervor. Trata-se de um trabalho de destaque da harmonia, de Marquinhos, Bruno e Danilo.
O samba-enredo reflete sobre a água em suas diversas formas e simbolismos, e menciona a importância do recurso natural não apenas para a economia e para a fertilização da terra, mas também para o ciclo da vida e para a transformação dos ambientes. A letra faz reflexões poéticas e religiosas sobre tempestade, choro e o significado renovador da água. O refrão, por exemplo, destaca Iemanjá:
"Iemanjá! Iê Iemanjá!
Rainha das ondas, senhora do mar!
Iemanjá! Iê Iemanjá!
No azul dos teus mistérios eu também quero morar"
Emocionada, a porta-bandeira Adriana Gomes, que estava vestida com uma fantasia de Nossa Senhora Aparecida, comemorou conseguir terminar o desfile. Ela ficou feliz com a passagem da escola pela avenida:
A gente foi resistente e resiliente, e nada mais abençoado do que estar vestida de Nossa Senhora Aparecida. Estar aqui hoje é vitória da vida, do cuidado, da ciência e de todos nós que tomamos a vacina.
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