No Carnaval em abril, até procissão de São Jorge vira bloco no Rio
Se dependesse dos foliões, o feriado de Tiradentes poderia ser oficializado no Rio de Janeiro como o segundo Carnaval. Apesar de os cortejos dos poucos blocos não contarem com o apoio da prefeitura, o clima de festa entre quem sai às ruas da cidade se assemelha ao da data oficial, em fevereiro. Após dois anos de pandemia, as pessoas querem celebrar e reencontrar os amigos.
Uma dificuldade dos foliões, principalmente dos turistas, é saber onde estão rolando os festejos. Na falta da programação oficial, até o que não é bloco vira folia. No Centro, a tradicional procissão de São Jorge, em comemoração ao dia do padroeiro do estado do Rio de Janeiro, celebrado hoje, ganhou ares de Carnaval.
A psicóloga carioca Ana Adler, 42, sempre acompanha blocos em fevereiro com a família e saiu hoje com os tios e a prima no "bloco" da procissão. "Foram dois anos muito sofridos. É importante estar junto, se abraçar, encontrar os amigos, se alegrar. Claro que há questões da organização e da prefeitura, mas acho importante a gente ocupar a rua, pois ela é de todos", diz ela, que aprova a ideia de se ter um segundo Carnaval no feriado de Tiradentes.
Até o tempo menos quente de abril favoreceu a programação atípica, na opinião da economista Elisa Adler, 34. "Está incrível, lindo, mais fresco, com temperatura mais agradável. Se tiver no ano que vem, vamos de novo", afirma. Além de curtir blocos, ela também foi com a família à Sapucaí. "O desfile é a retomada da cultura popular e o retorno das escolas é lindo de se ver. O problema é ter energia para tudo, mas a gente aguenta."
O casal de médicos Rafaela Pessoa, 34, e Mário Fernandes, 35, veio de Olinda (PE) para conhecer a cidade e aproveitar a "folia de Tiradentes". Eles querem relaxar depois do trabalho na linha de frente do combate à covid-19. "Para nós, foi ótimo, porque foi uma oportunidade de conhecer o Carnaval carioca, já que a gente não perde o de Olinda. Atendemos muito e tivemos covid, agora temos que comemorar. Se tiver em abril do ano que vem de novo, a gente vem", diz Rafaela.
A autônoma argentina Agustina Achkar, 28, mora no Brasil, em Belo Horizonte, há três meses. Quando soube que haveria blocos neste mês, resolveu aproveitar para visitar amigos cariocas. "Amei o Carnaval e o Brasil. As pessoas foram muito receptivas quando cheguei aqui. Quero morar no Rio", planeja ela, que se fantasiou de Eva e curtiu a folia ao lado da psicóloga Juliana Tinoco, 23.
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