Tom Maior derruba óleo na avenida e atrasa desfile da Unidos de Vila Maria
Um derramamento de óleo na avenida fez a Unidos da Vila Maria esperar. A escola entrou no sambódromo do Anhembi após uma hora e meia de muita espera, porque uma alegoria da Tom Maior havia derramado óleo na pista. Por isso, a LigaSP interrompeu os desfiles para fazer uma limpeza, jogar areia e evitar possíveis acidentes.
Durante a espera, que não gerou punições, uma componente acabou passando mal, e a escola aproveitou o atraso para consertar um carro.
Ainda na concentração, o Abre-Alas teve um problema de alinhamento por excesso de peso. Segundo um dos diretores da escola, tal problema acabou fazendo o pneu que liga o gerador de energia furar. Desta forma, a escola usou os longos minutos de atraso para resolver a questão com o carro —bem a tempo de entrar na avenida com todos os elementos em pleno funcionamento.
Depois disso, a tradicional escola do Jardim Japão celebrou o samba-enredo "O Mundo Precisa de Cada Um de Nós. A Vila é Porta-Voz".
O samba escrito por Dudu Nobre, Zé Paulo Sierra e Diego Nicolau trata sobre solidariedade e fraternidade.
Homenagem póstuma
O carnavalesco Cristiano Bara falou emocionado que entra na avenida uma semana após a morte de sua mãe, e que dedica o desfile a ela.
"O coração está bem apertado, perdi a minha mãe há uma semana e dedico isso a ela. A minha mãe me levou para assistir o meu primeiro desfile, da Unidos de São Carlos, o nome da Estácio de Sá no Rio de Janeiro. Hoje, estou realizando o sonho de ser carnavalesco. Feliz, mas com o coração apertado."
Para a rainha de bateria Savia David, à frente da Cadência da Vila há cinco anos, a escola vem este ano com um tema que condiz com o momento, sobretudo após a pandemia.
"Estamos em um momento de gratidão, enquanto começamos a passar por esse caos da pandemia, que ainda não acabou, é bom salientar. Mas, graças a Deus, está tendo carnaval e a nossa cultura está sendo bem representada na avenida."
Durante o desfile, a Unidos de Vila Maria refletiu sobre solidariedade e amor de diversas maneiras. A escola começou abordando as conquistas do Império Romano, para fazer uma reflexão sobre como a cobiça pelo poder destruiu aquela política.
O desfile seguiu refletindo sobre a importância da união e da aceitação ao longo de vários períodos da história e com vários exemplos. Em um dos carros, que retrata a vida na periferia, integrantes da Unidos de Vila Maria trouxeram bandeira com rosto de MC Kevin, morto em maio de 2021.
Apesar do atraso e do início conturbado, a Vila Maria encantou a avenida e fez um desfile pontual, colorido e animado.
"Minha mãe queria que eu fosse carnavalesco, e serei isso por toda a vida. Agora, precisamos continuar", afirma Cristiano Bara. "Já quero pensar no próximo enredo."
*colaborou Bruno Laurato, de São Paulo
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