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Gio Lancellotti pediu dica à sogra para desfile na Beija-Flor: 'Incentivou'

Giovanna Lancellotti será destaque do abre-alas da Beija-Flor

Beatriz Vilanova

Colaboração para o UOL, de São Paulo

16/02/2023 04h00

Quando engatou um romance com Gabriel David em 2021, Giovanna Lancellotti ganhou dois novos amores: o do namorado, que é diretor de marketing da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro), e o da escola de samba Beija-Flor, na qual desfilou em 2022.

Na madrugada da próxima terça-feira (21), a atriz estreará como primeiro destaque da escola, desfilando no primeiro carro alto da Beija-Flor a entrar na Marquês de Sapucaí. O convite veio da própria sogra, Fabíola de Oliveira, que desfilou por mais de 30 anos na posição e passou uma série de dicas para a atriz.

"Esse é um posto historicamente preenchido pela família, e a mãe do Gabriel me incentivou muito a ocupá-lo; sempre acreditou em mim. No começo, eu estava morrendo de medo e achando que era muito cedo [para ocupar essa posição]. Mas ela disse que, por eu já trabalhar de certa forma com minha imagem, como atriz, vou me sair bem", contou Lancellotti ao UOL.

Desde 2022 ensaiando, ela diz que agora se sente preparada para assumir o posto junto à escola. O nervosismo, claro, só deve bater na terça-feira, no momento em que ela subir no carro alegórico.

"É o primeiro carro alto da escola que entra, então os olhares vão todos para ele. É um lugar de muita elegância; uma responsabilidade de já elevar a energia nesse início e fazê-la chegar até o último carro", diz.

Nesse ano, a Beija-Flor homenageia os "excluídos da independência do Brasil" e terá no carro alegórico um dragão representando "o mal e a injustiça" na forma como essa data é retratada no Brasil. A fantasia da atriz seguirá a temática, com traços de fogo e labaredas.

"Claro que esse não é o meu lugar de fala, mas a Beija-Flor quer questionar que independência é essa que temos, pois já havia brasileiros antes dos estrangeiros chegarem. É uma crítica, onde dizem que a verdadeira independência deveria ser [celebrada] no dia 2 de julho, na batalha dos baianos que expulsaram as tropas portuguesas. Isso, sim, seria uma tomada de poder e do próprio país. Temos as nossas raízes ligadas a outros países e colônia, e fomos muito usados e extorquidos, então esse é um grito do direito do povo. É algo lindo".

Pós-Carnaval

Com a maratona de ensaios e preparações, além de marcar presença nos camarotes durante todos os dias de desfile, Giovanna Lancellotti deve usar o pós-Carnaval para descansar e permanecer longe dos blocos de rua.

"Acabou minha vibe dos blocos. Foi-se o tempo", brinca. "Eu ia muito, porque sempre curti blocos de rua e fui a vários no Rio, Salvador, São Paulo, Olinda, Minas. Sempre vivi intensamente o Carnaval brasileiro. Mas desde que comecei a namorar o Gabriel, sinto que vivo um Carnaval diferente, voltado para os desfiles. Passei a enxergar tudo de um outro ângulo, com mais entendimento e profundidade. Tem sido bem divertido."

A atriz afirma estar em uma boa fase de sua vida e que tem procurado se respeitar e ser honesta consigo mesma para permanecer assim.

"Ninguém consegue ser feliz o tempo todo, nem sustentar uma máscara de quem não é. Então eu nunca abri mão do meu sotaque, dos meus amigos do interior, das bobagens que gosto de comer, de andar de pijama para passear com o cachorro. Coisas pequenas que nos aterram a quem somos", diz.

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