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Bell Marques diz que uso de bandana está ligada a 'símbolo de proteção'

Bell Marques durante show em trio elétrico na estreia do Bloco da Quinta, em Salvador

Larissa Couto

Colaboração para UOL, em Salvador

17/02/2023 04h00Atualizada em 17/02/2023 10h03

Bell Marques, 70, um dos destaques do axé music baiano, contou o segredo por trás do uso de sua bandana, peça que virou referência para a identidade do músico e é indispensável no seu guarda-roupa.

Com mais de mil bandanas, dos mais variados tecidos e cores, o adereço possui um significado especial. Em entrevista ao UOL, o cantor, que está em uma maratona com diversos shows no trio elétrico e em camarotes no Carnaval de Salvador, afirmou que o objeto é "um símbolo de proteção".

Uma vez eu estive numa seita, e a pessoa olhou pra mim e disse: 'Olhe Bell, você coincidentemente colocou essa bandana, mas não a tire, porque essa bandana lhe protege, e muito. Se você precisar tirar, a pessoa pra quem você tirar precisa estar alinhada com você, na mesma sintonia', Bell Marques

O artista disse ainda que apenas pessoas do seu círculo o conhecem sem o acessório e o associou ao ojá, um tecido de mais ou menos dois metros de comprimento, branco na cor de Oxalá, um dos orixás da umbanda, religião de matriz africana.

"Em casa eu não uso, minhas funcionárias todas me conhecem sem, porque estão todas aqui há tempos, mas normalmente, em todos os lugares públicos, eu estou de bandana", afirma.

Em agosto do ano passado, um de seus filhos, Rafa Marques, gravou um vídeo para o seu canal no YouTube, mostrando a coleção de bandanas que o músico tem. "Se o tecido for um pouco elástico, não serve. Não pode ser de seda, porque escorrega. Tem que ter um pouco de algodão no meio... Só serve quando tem a mesma estampa dos dois lados. Senão, quando virar, ela fica estranha", explicou Bell na ocasião.

O acessório faz parte da vida do músico desde a época em que Bell começou a cantar na banda Chiclete com Banana, antes de seguir carreira solo, em 2014. "Quando comecei, eu não usava nada. Depois, usei um chapéu de marinheiro, um lenço amarrado. Aí, teve um ano em que tirei o acessório e alguns fãs começaram a perguntar onde estava o tal do chapéu. Percebi ali que tinha criado, sem querer, uma marca registrada e quando mudei para bandana, foi a mesma coisa", diz.

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