'Carnaval de Salvador não é para fracos': dupla veterana dá dicas da folia
O avião que sai de São Paulo em direção a Salvador está lotado. Como o voo saiu do Aeroporto de Congonhas às 7h40, a maioria dos passageiros dormia e aproveitava o momento para descansar. Entre eles, uma dupla chamava atenção.
"Precisamos pegar o abadá cedo", dizia empolgada uma mulher. "Lembra daquele que você colocou penas? Ficou ótimo!", respondia outra. As amigas que esbanjavam felicidade e excitação são a arquiteta Aline Feliz, 42, e a engenheira civil Paula Rubez, 57.
Veteranas no Carnaval de Salvador - Rubez frequenta desde 1995 - as duas defendem a folia em terras soteropolitanas e a elegem como "a melhor do Brasil". "Só de lembrar do Bell Marques subindo no trio e tocando as primeiras notas, me arrepio", conta Rubez a Splash enquanto mostra o braço com os pelos ouriçados. "Não tem energia igual", explica Feliz.
Além do amor pela festa em Salvador, ambas concordam que vivenciar o Carnaval nas ruas da cidade, no entanto, não é nada fácil.
Não é para os fracos.
"Uma das coisas mais difíceis a se fazer é atravessar a pipoca", diz Feliz ao se referir ao público que não faz parte do bloco oficial e apenas acompanha o trio elétrico. "Tem gente que desiste nesse trajeto mesmo, de atravessar. Eu mesma já passei esse perrengue. É muita gente, bastante sufocante. Mas, acho que meu cérebro apagou e agora fiquei só com as boas memórias."
Outro problema que já foi enfrentado pelas duas é a dificuldade de conseguir fazer xixi durante o bloco. "Tem que usar uma bermuda que seja fácil de tirar e ficar esperto para usar o carro de apoio [veículo que acompanha o trio elétrico]. Por isso, é melhor também não ficar atrás dele e saber que aquela água que está escorrendo não está limpa."
A Splash, elas dão dicas de sobrevivência durante os blocos. Para as amigas, é importante usar "coisas velhas".
"Não venha nunca com um tênis novo. Sempre use um que seja bom, mas bastante usado, porque já está amaciado. Top também tem que ser velho, para não te machucar. A única coisa nova que você precisa levar para a festa é o glitter."
Quanto aos documentos, é melhor usar uma doleira e uma carteira de plástico impermeável para guardá-los.
Por fim, a dupla explica que é preciso ficar atento a tudo o que acontece - "já tentaram me roubar, mas eu estava sem nada", diz Rubez -, mas é imprescindível se divertir e se apaixonar pelo Carnaval de Salvador.
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