Tom Maior homenageia mães negras e religiões afro no Anhembi
A Tom Maior fez o penúltimo desfile da noite no Sambódromo do Anhembi, com o enredo "Um Culto às Mães Pretas Ancestrais".
"É uma exaltação à mãe. À mãe que cria, que nos educa, que nos direciona, que nos protege e nos acolhe. A mãe à qual devemos respeito e devoção. Tudo isso através de uma visão de mito iorubá-nagô", explicou ao UOL o carnavalesco Flávio Campello.
A homenagem às religiões de matriz africana ficou explícita não só na letra do enredo, mas também nas alegorias. O carro abre-alas, por exemplo, representava a criação do universo na cabaça de Odu.
Os carros seguintes faziam referência a outros aspectos da maternidade, como guiar ou disciplinar os filhos. A última alegoria foi uma homenagem a Nossa Senhora Aparecida, e a escola escolheu uma mulher negra para interpretar a padroeira.
A rainha de bateria, Andréia Gomes, ocupa o posto há 25 anos: "Para mim é uma honra estar há 25 anos na frente dessa bateria, nessa escola maravilhosa. E hoje com um enredo representando as mães pretas, é uma alegria muito grande. Tô muito feliz, é tudo para mim", disse em entrevista ao UOL.
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