Mancha, Mocidade e Casa Verde empolgam com homenagens à África e Nordeste
O segundo dia de desfiles no Sambódromo do Anhembi ficou marcado por sambas-enredo que homenagearam a cultura africana e nordestina.
A Mocidade Alegre e a Império de Casa Verde levaram a África para a avenida com propostas diferentes: a primeira contou a história do samurai negro Yasuke, enquanto a segunda exaltou os ritmos africanos e suas influências no Brasil. Ambas as escolas impressionaram pelas fantasias e carros alegóricos elaborados e "diferentões".
Já a Mancha Verde, assim como a Dragões da Real, trouxe a temática do Nordeste, contando a história do xaxado com a presença da filha única de Lampião, Expedita Ferreira da Silva, de 90 anos.
As fantasias da Mocidade chamaram atenção na avenida. A rainha de bateria Aline de Oliveira usou uma máscara de dragão que abria e fechava sozinha. A coreografia dos integrantes da bateria também surpreendeu o público.
A Casa Verde optou por falar da riqueza cultural da África em vez de abordar o sofrimento da escravidão. A escola falou da herança dos ritmos africanos para a música brasileira, como o baile charme de Madureira, no Rio de Janeiro, e os bailes funk paulistanos.
Mancha Verde empolgou com desfile colorido e exuberante, trazendo uma representação vibrante do sertão em tons de verde, laranja e azul. O samba-enredo ganhou uma sanfona e toques de xote.
Terceiro Milênio, Acadêmicos do Tucuruvi, Águia de Ouro e Dragões da Real
A Terceiro Milênio, primeira a desfilar, superou um perrengue e homenageou a comédia, desde os bobos da corte até os atuais humoristas brasileiros, que também cruzaram a avenida. Marcelo Adnet, assim como um dos carros alegóricos da escola, homenageou Paulo Gustavo no desfile.
A Acadêmicos do Tucuruvi usou a obra e a história de Bezerra da Silva para falar do povo brasileiro, com muitas referências à periferia, aos trabalhadores, à malandragem e aos "Silvas" do Brasil.
A Águia de Ouro levou diferentes "céus" para a avenida com um desfile lúdico e cheio de cor. O final do desfile foi o que empolgou mais a arquibancada: uma homenagem aos "bambas" do samba que já partiram e hoje estão no "templo da saudade".
João Pessoa foi o tema escolhido pela Dragões da Real, que encerrou os desfiles mostrando a cultura pessoense por meio do artesanato, da culinária e outros aspectos.
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