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Cordão do Boitatá faz apelo por contribuição de foliões para pagar Bailão

Carnaval do Rio: Cordão do Boitatá, Simpatia e mais blocos de rua

Thiago Camara

Colaboração para o UOL, do Rio

19/02/2023 12h39Atualizada em 19/02/2023 19h38

Entre marchinhas, sambas-enredo e músicas com críticas sociais, o Bailão do Cordão do Boitatá volta para a Praça XV, Centro do Rio, depois de dois anos de ausência. Pelo quarto ano, o grupo faz um Carnaval independente e, entre uma música e, outra os músicos pedem para os foliões fazerem um pix para contribuir com a festa.

Até um jingle foi criado para isso.

"Ninguém quis nos patrocinar. Estamos fazendo arrecadação com nossa rede de contatos, nossos parceiros, porque não temos um patrocinador", explica Flávia Berton, produtora do bloco.

São 17 anos desse baile multicultural e 27 anos de existência do Cordão do Boitatá.

"O Boitatá passar por dificuldades por quatro anos para estar na rua é um descaso do poder público com o Carnaval. Um bloco que está há tanto tempo na praça, que move uma estrutura imensa, 150 pessoas trabalhando. É inacreditável", afirma a cantora Marina Iris, umas das convidadas do bloco.

Outra convidada fez uma crítica ao grande patrocinador do Carnaval de Rua do Rio.

"O Carnaval é do povo, não é de cervejaria", afirma, do palco, a cantora Maju Nunes.

A produtora do bloco mantém a esperança da conta fechar e conseguirem pagar toda a estrutura do Carnaval.

"A conta vai ficar apertada para fechar, mas vai fechar. Estamos aqui num movimento de resistência, de mostrar para as pessoas a importância da cultura, do Carnaval", conta Flávia Berton.

Em 2022, o Cordão do Boitatá recebeu da Câmara dos Vereadores a medalha Pedro Ernesto, e também foi reconhecido pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) como Patrimônio Imaterial do Estado do Rio de Janeiro, recebendo a Medalha da Ordem do Mérito Cultural Carioca.

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