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Casa Verde supera sofrimento para exaltar riqueza dos ritmos africanos

Império da Casa Verde traz tambores para a avenida e fala sobre influência afro

Do UOL, em São Paulo

19/02/2023 03h23Atualizada em 19/02/2023 17h14

A Império de Casa Verde levou os tambores africanos para o Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, no quarto desfile da noite.

O samba-enredo "Império dos Tambores — um Brasil Afromusical" propôs uma viagem pelos ritmos do continente e sua influência na música brasileira.

Com isso, a escola optou por mostrar a riqueza cultural trazida pelos africanos em vez de falar do sofrimento dos negros escravizados. Um dos carros alegóricos, por exemplo, representou um navio negreiro trazendo os ritmos da África para o Brasil, em vez de representar a dor e o sofrimento da escravidão.

O baobá, árvore que representa a vida em muitos países da África, marcou presença em vários momentos de desfile. Uma alegoria mostrava um tigre, símbolo da escola, entalhado no tronco da árvore.

A ala das baianas veio caracterizada de "griôs", contadores de história da África antiga, responsáveis por transmitir os saberes de geração em geração.

Outras alas homenagearam o Olodum, o maracatu, o maxixe, o baile charme de Madureira e os bailes funks de São Paulo.

As sambistas Elza Soares, Clara Nunes e Dona Ivone Lara também foram honradas pela Império de Casa Verde no desfile.

"Chama a senzala firma a batucada/Gira na umbigada, jongo e caxambu/É som de preto, música do gueto/Mística de ketu, maracatu", puxou o intérprete Tinga.

À frente da bateria, veio Theba Pitylla, que faz parte da escola há 20 anos e, estreou no posto de rainha neste Carnaval.

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