Viradouro fecha Carnaval do Rio com história de 'santa' que foi prostituta
A Unidos de Viradouro fechou o segundo dia de desfiles na Marquês de Sapucaí durante a madrugada desta terça-feira (21). A escola de samba contou a história de Rosa Maria Egipcíaca.
Apesar de nunca ser canonizada, Rosa é considerada uma "santa africana", segundo o biógrafo Luiz Mott. Ela se mudou para o Brasil em 1725, aos seis anos.
Escrava na época, Rosa Egipcíaca precisou se prostituir para conseguir dinheiro. E, já adulta, abandonou a prostituição para se tornar beata. Ela viveu os últimos anos de vida em Lisboa, Portugal.
Erika Januza, rainha de bateria da Viradouro, foi a responsável por interpretar um "espírito" incorporado por Rosa Maria. A caracterização contou com uma fantasia vermelha e lentes amarelas para os olhos.
Lore Improta, dançarina casada com o cantor Léo Santana, é uma das musas da escola de samba.
A escola foi elogiada nas redes sociais pela criatividade na comissão de frente. O desfile também contou com referências ao misticismo e à igreja católica — a homenageada foi apontada como herege nos tempos de Inquisição.
Rosa Maria Egipcíaca também é a primeira mulher negra a escrever um livro no Brasil: a obra "Sagrada Teologia do Amor Divino das Almas Peregrinas" narra momentos em que via o menino Jesus.
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