Ala da X-9 pede punição a presidente após fala racista: 'Não toleramos'
Uma ala da X-9 Paulistana publicou hoje uma nota de repúdio exigindo que a direção da agremiação tome providências após a fala racista feita por Mestre Adamastor, presidente da escola.
"Exigimos providências imediatas da diretoria de nossa escola de samba no enfrentamento do racismo institucional praticado na abertura do desfile de 2023", declarou a ala Loucas da X-9 em publicação feita no Instagram.
O coletivo desfila na agremiação da zona norte de São Paulo desde 2001 e afirma militar pela causa antimanicomial, que combate o preconceito contra pessoas que com doenças mentais e a adoção do isolamento como método de tratamento.
A X-9 Paulistana acabou a apuração com apenas 269,2 pontos, sendo rebaixada para o Grupo de Acesso 2 ao lado do Morro da Casa Verde. A agremiação não desfila no Grupo Especial desde 2020 e seu último título foi conquistado em 2000.
Entenda o caso
Mestre Adamastor havia convocado membros da escola de samba e pedido para eles levantarem a mão e fecharem o punho e perguntou se eles sabiam o que significava o símbolo. "Porr* nenhuma", respondeu ele. "Se a gente não cantar, a gente tá morto com farofa. Essa é a real", completou.
"Como organizadora de uma festa cuja identidade é essencialmente negra e enquanto representante do samba em São Paulo, a Liga vem a público para se opor às falas de cunho racista", disse a entidade por meio de nota.
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