Bloco de Daniela Mercury fecha Carnaval de SP com beijaço, Sol e política
O Carnaval de São Paulo acabou oficialmente neste domingo. Sob Sol intenso, 30º no termômetro e a Rua da Consolação toda tomada, Daniela Mercury desfilou seu megabloco, o Pipoca da Rainha, o último das datas oficiais da festa paulistana de 2023. A cantora fez questão de dizer que o bloco era dedicado a Rita Lee, internada em São Paulo, para quem mandava boas energias.
De cima do trio e da "pipoca", o UOL viu uma tarde bem animada de domingo, com muitos beijos — triplos, entre pessoas do mesmo gênero, entre pessoas de gêneros diferentes, entre casais e gente que tinha acabado de se conhecer.
Além de clima quente e pegação, muita política. De vermelho, Daniela Mercury já deu o recado na passagem de som, quando gritou "viva a democracia" com a bandeira do Brasil nas mãos. Entre os foliões, muito L com as mãos e outras vestimentas com tons políticos, como bonés do MST e camisetas. Na véspera, em entrevista ao UOL, ela afirmou que quer influir na política para a Cultura "usar seu poder".
Já tradicional na curta vida desse circuito de blocos paulistanos, a Pipoca traz um gosto de Salvador para quem sonha ir para lá um dia. É o caso do zelador Adegilson Soares, 46, fã de Daniela que usou fantasia de faraó para curtir o domingo e sonha em pular Carnaval no trio da cantora na capital baiana.
"Quero muito ir no Carnaval de Salvador. Pular em todos os blocos possíveis. É muito gostoso só de ver na TV, um dia quero ir e participar de todos os blocos", diz. Para a drag queen Shitara Dólar, 40, o bloco de Daniela Mercury tem um peso de diversidade sexual e de gênero. "Ela representa todos nós, por isso ela fecha o Carnaval de São Paulo. É uma deusa", elogiou.
De infraestrutura, como em eventos lotados, dava para se ver que existia uma dificuldade em segurar as pessoas longe do trio. Seguranças fazendo força e conversando com o público para se distanciar e manter o fluxo normal, mas sem confusões como outros megablocos. Policiais que acompanhavam o cortejo corroboravam a percepção.
Ao fim do bloco, a polícia teve de agir: um suspeito de tentar roubar um celular foi perseguido por um grupo de foliões, que queriam "fazer Justiça com as próprias mãos", segundo testemunhas. O suspeito foi detido enquanto era agredido.
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