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Em velório, Viviane Araujo cita 'tristeza infinita' com a morte de Quinho

Velório de Quinho foi na sede do Salgueiro, onde ele era intérprete de sambas de enredo da escola Imagem: Bruno Laurato/UOL

Bruno Laurato e Luccas Lucena

Colaboração para Splash, no Rio de Janeiro e em São Paulo

04/01/2024 20h28Atualizada em 04/01/2024 20h47

Integrantes do Salgueiro, no Rio de Janeiro, lamentaram a morte de Melquisedeque Marins Marques, o eterno Quinho, durante velório realizado nesta quinta (4).

Ele morreu no final da noite de ontem (3), no Hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador. Segundo familiares, a causa da morte foi insuficiência respiratória. Desde 2022, Quinho vinha lutando contra um câncer de próstata.

O que aconteceu

A rainha de bateria do Salgueiro, Viviane Araujo, falou em "tristeza infinita" para os integrantes da escola. "Quinho já estava afastado, mas sempre temos aquela experiência de ele poder melhorar e cantar junto com ele. Infelizmente, não foi possível. Agora, a gente espera fazer uma linda homenagem para ele e, quem sabe, trazer esse título em homenagem ao Quinho".

Emerson Dias, atual intérprete da escola, falou da importância de Quinho para sua vida. "Agora é seguir tudo que o mestre me ensinou. Sempre falei que é o meu grande ídolo, meu grande espelho. E assim será. Enquanto eu estiver a frente da academia de samba da Salgueiro, faço questão de fazer [o grito de guerra] em homenagem a ele. Acho que é um marco. Foram 31 anos aqui dentro, é o mínimo que posso fazer por ele".

Me dá mais garra, mais ânimo e vontade de ir para frente e tentar conquistar o título [...] Se eu tiver o privilégio de dar esse presente para o Quinho, seria um presente divino.
Emerson Dias, atual intérprete do Salgueiro

Quem foi Quinho

Quinho foi uma das personalidades mais marcantes do carnaval carioca, dando voz a diversos sambas-enredo da Salgueiro, incluindo "Peguei um ita no Norte", de 1993, conhecida pelo verso icônico "Explode coração, na maior felicidade". Além disso, ele é responsável por um grito de guerra clássico do carnaval: "Arrepia, Salgueiro. Pimpa, pima. Ai, que lindo!".

Ao longo de sua carreira, Quinho também deixou sua marca em outras escolas de samba, como São Clemente, Acadêmicos do Grande Rio, Império da Tijuca e Acadêmicos de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, além de ter participado das agremiações Rosas de Ouro em São Paulo e Vila do IAPI em Porto Alegre.

O presidente do Acadêmicos do Salgueiro, André Vaz, lamentou a morte do cantor: "Um grande amigo, um grande intérprete, marcou a história do Salgueiro e do Carnaval. Nós acompanhamos de perto a incansável luta do Quinho e sentimos muito essa perda. Ele merece todas as homenagens e fazemos questão de que o último adeus seja em nossa quadra, no lugar onde Quinho cantou, encantou e brilhou durante tantos anos.", finalizou. Outros artistas do mundo do samba também prestaram suas homenagens a Quinho.

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