Vipão Globo, Lula e música afro: como foi o último dia do Festival de Verão
Daniela Mercury foi uma das atrações mais aguardadas deste domingo (28) no Festival de Verão 2024. Ela subiu ao palco com Ile Aiyê, bloco afro que completa 50 anos em 2024, e a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
Como foi último dia do Festival de Verão
Junção transformou a 25º edição do festival em terreiro festivo — como citou Margareth Menezes —, celebrando cultura baiana e negra. Durante homenagem ao Ile Aiyê, ela destacou Graça Onasilê, voz do bloco afro. "Ela me ensinou a cantar", disse Daniela.
A política não ficou de fora e Daniela fez menções políticas, além de citar o presidente Lula. "Quem está assistindo à gente e vai ver o Ile Aiyê é o presidente Lula e Janja. Mandaram um beijo", disse ela.
Daniela Mercury abriu show com "Macunaíma", música manifesto a favor da Democracia. "O Canto da Cidade", "Proibido Carnaval", "Ile Aiyê" (Ladeira do Curuzu) e "Pérola Negra" também marcaram presença no line-up.
Margareth Menezes foi recebida com entusiasmo por Daniela e público. "Viva a cultura desse país, viva a nossa deusa do ébano, Margareth Menezes", disse Daniela ao chamar a ministra.
Ao ouvir gritos de "ministra, ministra" após cantar "Faraó" — uma das mais celebradas do show —, Daniela confidenciou que ela não queria ser chamada de ministra no palco, e Margareth confidenciou: "Antes disso, eu sou artista".
Vipão da Globo
A noite também foi marcada pela presentação de estrelas globais ou que já passaram por novelas da Globo, como Marieta Severo, Dira Paes, Luis Miranda, Claudia Abreu, Leandro Lima, Juliana Alves, Debora Bloch, Tiago Abravanel, Nanda Costa, Lan Lanh e Silvero Pereira.
O trio Humberto Carrão, Duda Santos e Edvaldo Macarrão, da novela "Renascer", também marcou presença no festival. Os shows de Daniela, Léo Santana e Caetano Veloso foram os mais disputados pelos famosos.
Artistas curtiram clima descontraído durante apresentação de Mercury. Globais dançaram juntos e formaram uma "rodinha" para curtir sucessos da cantora baiana.
Caetano Veloso abandonou 'férias radicais'
O show, que já foi realizado no Rio de Janeiro e em São Paulo, finalmente chegou à terra natal de Caetano. Ele marca os 50 anos do álbum "Transa" (1972).
Todo repertório de 'Transa' eu compus durante o período de exílio da ditadura militar.
Caetano Veloso
Algumas músicas do show não estão no disco, como "Irene", faixa composta antes do exílio, quando o cantor ainda estava preso. O título leva o nome da irmã mais nova. Outra música em homenagem a uma irmã no repertório foi "Maria Bethânia". "Foi um pedido de socorro", disse ele.
Famosos marcaram presença na plateia vip, como Marieta Severo, Dira Paes, Luis Miranda e Edvaldo Macarrão. Os cantores Seu Jorge e Mano Brown, que também tocaram na mesma noite, assistiram na fileira do gargarejo.
Um dos discos mais emblemáticos de Caetano, porém, esfriou noite que vinha aquecida por Daniela Mercury e Léo Santana. O disco mais lento parece não ter funcionado para um grande festival.
Os shows de Léo Santana, Thiaguinho e Gloria Groove também se destacaram na segunda noite, principalmente pela sintonia com seus convidados: Luísa Sonza, Maria Rita e Péricles. A 25ª edição do evento baiano propôs duetos nas duas noites de festas. Por outro lado, a parceria entre Lulu Santos e Gabriel O Pensador não empolgou a plateia presente. Os shows de Seu Jorge com Mano Brown e Teto com Matuê completaram o dia de apresentações em Salvador.
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