Mãe e filha vão ao Simpatia desde que o bloco reunia só 15 pessoas no Rio
Diogo Sampaio
Colaboração para UOL, do Rio
03/02/2024 17h54
No sábado (03), o desfile do Simpatia É Quase Amor agitou as ruas do Rio de Janeiro com a presença de foliões que já participam da festa há 40 anos, desde a criação do bloco.
O que aconteceu
A jornalista Jô Ramos, de 67 anos, veio junto com a mãe, a aposentada Adelina Ramos, de 86, para curtir o desfile do Simpatia É Quase Amor. De acordo com ela, essa já é uma tradição de décadas. "Sem a gente o bloco não vive. Quando a gente, como foi criado há 40 anos, eram 15 pessoas, 20. A gente ficava ali no bar que tem aqui perto da feijoada, eram 20 pessoas, 15 pessoas. Hoje a gente está vendo 50 mil pessoas atrás de um bloco, que só tinha 15, é fantástico, né? É desconfortável porque é muita gente, mas ao mesmo tempo a gente conseguiu encher, é demais. E o Simpatia hoje não é só daqui de Ipanema, é do Rio de Janeiro", relatou Jô.
Adelina, de 87 anos, confirmou que se diverte no bloco. "Eu venho acompanhando ela [Jô] para não deixa-la sozinha no meio dessa multidão. Mas eu não só acompanho, também me divirto", contou.
A professora universitária Elisa Borges, de 66 anos, e o marido, o aposentado João Luiz, também de 66, são foliões do Simpatia É Quase Amor desde a fundação. "Há 40 anos, todo Carnaval, eu e meu marido marcamos presença aqui. Eu vim no primeiro desfile do Simpatia É Quase Amor grávida do meu filho. Então, é uma longa história de amor com esse bloco. E todo ano é maravilhoso, muito bom. O Simpatia é a cara do Rio de Janeiro", assegurou Elisa.
João Luiz ainda comentou sobre a fantasia de padeiro e afirmou gostar de fugir do óbvio. "Sempre gostei de me fantasiar. Cada carnaval e cada bloco, em cada lugar, eu invento uma coisa diferente. E essa aqui, do padeiro, é muito boa, né? A distribuição do pão. Hoje, sou o padeiro francês de coração brasileiro, carioca", declarou o aposentado.