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Camisa Verde e Branco abre com Adriano Imperador, desmaio e susto com carro

Adriano Imperador no Desfile da Camisa Verde e Branco na primeira noite do Anhembi Imagem: Mariana Pekin/UOL
Luiza Stevanatto e Julio Costa Barros

De Splash, em São Paulo

10/02/2024 00h14

A Camisa Verde e Branco foi a primeira escola a entrar na avenida hoje, primeiro dia de desfiles no Sambódromo do Anhembi.

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A escola apresentou o enredo "Adenla - O imperador nas terras do rei", uma homenagem aos reis africanos e ao ex-jogador de futebol Adriano Imperador. O desfile une história e futebol ao contar a trajetória de Oxóssi, Piye (primeiro faraó negro), o imperador Mansa Musa (o homem mais rico do mundo no século 14) e de Adriano Imperador, que ganhou o apelido por seu talento no futebol.

Veja fotos do desfile

Os personagens são citados como exemplos de resistência negra e símbolos da luta de um povo. A ideia é reforçar a "africanidade", a "ancestralidade" e a "memória genética" da escola. "Adenla" é o nome da coroa usada pelo rei do povo iorubá.

Adriano Imperador, estrela da escola, foi recebido na avenida com aplausos de foliões e funcionários. O craque posou para fotos e distribuiu simpatia. Em cima de uma empilhadeira para subir no carro alegórico, ele ficou com medo de cair e brincou com a situação.

Uma mulher desmaiou na ala das baianas durante o desfile. Ela foi logo socorrida pelos bombeiros presentes no local. Foi preciso retirar a fantasia da mulher, que saiu andando da avenida após receber o pronto atendimento. O UOL procurou a escola para obter mais detalhes do ocorrido. Assim que houver retorno, a nota será atualizada.

10.fev.2024 - Desfile da Camisa Verde e Branco na primeira noite do Anhembi Imagem: Mariana Pekin/UOL

Na concentração, a escola teve problemas com a manobra de um dos carros alegóricos. O carro, no entanto, atravessou a avenida sem contratempos.

A Camisa Verde e Branco abusou do dourado e verde para representar a realeza e opulência de seus personagens. Alas homenagearam o poder de Oxóssi sobre as florestas, a riqueza de Mansa Musa com o ouro, o poder do cabelo black power e, no último carro, o sucesso de Adriano Imperador nos gramados. O jogador veio rodeado de crianças vestindo fantasias que representavam o uniforme da Seleção Brasileira e o "sonho de meninos e meninas".

A estudante de direito Sophia Ferro foi a rainha de bateria da escola, usando uma fantasia avaliada em R$ 15 mil. Filha da presidente Erica Ferro, ela estaria acompanhada de Gracyanne Barbosa, madrinha de bateria, que desistiu de desfilar após romper um tendão.

Herança enraizada nas favelas do país / Em cada sonho de quem nunca perde a fé / Black power da cabeça aos pés / Um craque de bola, no jogo da vida / A simplicidade em forma de lei / Lá vem o Didico / Pra ser coroado nas terras do rei! Trecho do samba cantado pelo intérprete Igor Vianna

O casal de mestre-sala e porta-bandeira Alex Malbec e Jessika Barbosa, encerrou o desfile da Camisa Verde e Branco exausto e esbanjando felicidade. "Foi incrível! É uma energia indescritível poder desfilar e defender esse pavilhão amado. Estrear depois de tantos anos faz desse momento histórico para a gente e toda a nossa comunidade" afirmou Jessika. "Eu e a minha dama aqui demos o nosso melhor, eu tenho certeza. Deixamos tudo lá [na passarela do samba] e entregamos tudo", avaliou Alex.

Fundada em 1953 na Barra Funda, a agremiação passou doze anos distante da elite do Carnaval paulistano, voltando ao Grupo Especial após ser vice-campeã do Grupo de Acesso no ano passado. A escola já foi campeã nove vezes pelo Grupo Especial.

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