Dragões da Real exalta 'constelação da realeza africana' em desfile luxuoso
A Dragões da Real foi a terceira escola a desfilar hoje no Sambódromo do Anhembi e, assim como a Camisa Verde e Branco, exaltou realezas africanas em seu enredo.
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"África - Uma constelação de reis e rainhas" foi o samba-enredo apresentado pela Dragões. A escola pegou como gancho a lenda de uma aldeia chamada Dogon, do Mali, na qual dizia que todo rei e rainha que morre vira uma estrela. Foi a primeira vez, em sua história, que a escola tratou de um tema afro. O foco é na riqueza cultural, natural e espiritual do continente.
A escola representou uma África luxuosa em todo o desfile. Abusando de texturas, franjas, penas, estampas animais e tons terrosos e dourados nas fantasias e nos carros alegóricos, a escola exibiu um desfile ostentoso. O carro abre-alas, por exemplo, veio repleto de efeitos visuais e ilusões de ótica. Outros carros trouxeram grandes esculturas realistas. Para complementar, a bateria apostou em "paradinhas" ao longo do desfile.
(Oh África!) / África de mama, ê ê ô / Ilu ayê, ô ô, África! / De reis e rainhas e grandes reinados / Que a história nunca quis contar. Trecho do samba cantado pelo intérprete Renê Sobral
Em seu terceiro ano no reinado, a modelo Karine Grum foi novamente a rainha de bateria da escola. Personal trainer e empresária, Karine desfilou com uma fantasia que pesa 14 quilos. Simone Sampaio, ex-rainha, veio coberta de dourado com um manto, no papel de madrinha de bateria. Camila Prins, primeira rainha trans do Carnaval, representou o "poder faraônico". A influenciadora Julia Puzzuoli, que acumula mais de 13 milhões de seguidores no TikTok, foi um dos destaques de chão da escola.
Fundada no ano de 2000, a agremiação da Vila Anastácio ligada à torcida organizada do São Paulo já bateu na trave duas vezes, como vice-campeã. Após ficar na 5ª posição no ano passado, corre atrás de seu título inédito na elite do Carnaval paulistano.
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