Bloco Eduardo e Mônica converte foliões do Ibirapuera ao rock: 'É festa'
Hoje é dia de rock, bebê! Pelo menos se depender de Diogo Villar, Marquinho Vital e Rony Meolly, o Carnaval sempre será palco dos maiores hits do gênero musical. Fundadores do bloco Eduardo e Mônica, eles agitaram o Ibirapuera com um mix dos solos de guitarra e percussão, mas se mostraram um pouco avessos ao tom político dos ídolos que reverenciam.
Fundado em 2017 e batizado com o nome de uma das músicas mais famosas do Legião Urbana, o bloco brasiliense desfilou no Ibirapuera neste sábado (10). E, justamente por causa do nome, muitas pessoas olham torto ao se imaginarem ouvindo o repertório de Renato Russo e cia em plena folia. Essa conclusão, porém, é precipitada.
"A ideia foi fazer um Carnaval com uma pegada um pouco diferente, diferente daquilo que a gente já curtia também. Trazer um pouco do som que a gente toca, que não deixa de ser brasileiro e misturar nessa festa tradicional que o brasileiro curte", Rony Meolly.
No cortejo, a mistura é bem mais diversa do que o esperado. Tem Capital Inicial, Paralamas do Sucesso, Raimundos, e claro, Legião Urbana. Mas realmente com uma sonoridade que conquista e músicas que estão na ponta da língua do brasileiro.
E como a própria banda brinca, sobra espaço até para Raul Seixas, mas só quando os foliões já "estão calibrados" o suficiente. O que eles preferem deixar de lado é a política. "Na verdade, o que a gente quer fazer é festa. Política tem o momento certo de fazer, aqui a gente tá pra festejar, pra celebrar e todo mundo ser feliz", Rony Meolly.
A grande quantidade de foliões pode discordar ou concordar, mas na hora do "vamo vê", todo mundo se joga bonito na rua. Talvez uma grande prova de que Brasília também tem Carnaval, sim!
"Brasília tem muito Carnaval! Mas a gente quis fazer essa expansão da marca e fomos muito bem recebidos. Esse é o terceiro ano que a gente vem para São Paulo, e sempre fomos bem recebidos trazendo o rock da nossa cidade", Diogo Villar.
A fórmula é tão bem-sucedida que a banda já pode até ser considerada responsável por converter muitos foliões. "Tem 7 anos que a gente converte os adeptos [aos outros ritmos típicos do Carnaval]", Diogo Villar.
"Acho que a gente traz tanto o roqueiro para o Carnaval, que talvez não viria, quanto a gente conquista a galera que gosta de Carnaval, mas não é tão fã de rock e acaba gostando. São letras interessantes, inteligentes e pegada é super vibrante, pra cima, energia boa", Marquinho Vital.
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