Resistência no Carnaval de Salvador, Olodum foi amuleto de Galvão em Copas
O Olodum é considerado uma das entidades responsáveis por manter a divulgação das heranças africanas no Carnaval, segundo a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Além da tradição no Carnaval e de receber visitas de estrelas internacionais como Michael Jackson em 1996, bloco afro também ganhou fama graças a Galvão Bueno.
'Amuleto' de Galvão em Copas
Integrantes do Olodum se reúnem para ver jogos da seleção brasileira no Pelourinho desde 1990. A tradição foi crescendo com o passar do tempo e, em 2002, foi notada durante uma das transmissões da TV Globo. Na época, emissora mostrava torcedores em diferentes praças.
Quinto título do Brasil em Copas do Mundo ficou marcado pelas aparições constantes do Olodum. Galvão Bueno continuou anunciando o bloco durante as partidas da seleção brasileira em mundiais, consagrando a frase "eu quero ouvir o Olodum" e o assumindo como amuleto nas transmissões.
"Nosso grupinho acompanhava aos jogos na Casa do Olodum e ganhou força em 1994. Em 2002, ganhou toda essa proporção. Viramos uma espécie de 'pé de coelho'", lembrou a maestrina Andréia Reis, 48, que faz parte do Olodum há 36 anos.
Olodum recebeu visitas de Galvão Bueno. Uma delas ocorreu em 2010, quando o narrador ganhou o título de cidadão soteropolitano — ele foi considerado um "promotor do turismo" da Bahia. "Ele esteve aqui com a gente e foi muito gente boa", completou Andréia.
A gente não tem dimensão do que é o Olodum não apenas para o Brasil, mas para o mundo inteiro.
Andréia Reis, maestrina do Olodum
Bloco realizou último ensaio antes do Carnaval na última terça-feira (6). São quatro apresentações previstas em Salvador: a primeira no Pelourinho durante a sexta-feira (9), a segunda no circuito Campo Grande no sábado (10), a terceira no circuito Barra - Ondina, principal da cidade, no domingo (11). O último show também é no domingo e será realizado no Largo da Mariquita, em Rio Vermelho.
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