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Blocos de Carnaval aumentam vendas de sex shop na rua Augusta: 'Gelzinho'

A comerciante Maria Isabel Martins, 46, dona há três anos de um sex shop, comemora o aumento nas vendas de máscaras e fantasias Imagem: Martha Alves

Martha Alves, em São Paulo

12/02/2024 04h00Atualizada em 12/02/2024 04h18

Comerciantes comemoram aumento das vendas com a passagem de blocos de Carnaval na rua Augusta, região central de São Paulo. Alguns deles mudaram o horário de funcionamento para atender os novos clientes.

A comerciante Maria Isabel Martins, 46, dona há três anos de um sex shop, comemora o aumento nas vendas de máscaras e fantasias que os foliões compram para montar os looks para os blocos e os apetrechos para namorar depois da folia. Ela diz que as fantasias que mais vendem são as de diabinha com rabo e a de freira - esta última está esgotada.

"O Carnaval é maravilhoso, tem que continuar os blocos na Augusta, não pode parar. Ele dobra o movimento no meu ramo que é sex shop. Abro a loja todos os dias e mais cedo nesta época para o pessoal comprar a fantasia para se arrumar para a festa", afirma Maria.

"Sai bastante máscara, fantasia, um 'gelzinho' e lubrificante para depois da folia", conta Maria Isabel, que é interrompida no meio da entrevista para perguntar discretamente onde estavam os plugs anais para mostrar a um cliente.

Dono há dois anos de uma loja de espetinhos na região, Alexandre Soroko, 45, conta que as vendas aumentaram 25% com o Carnaval de rua Imagem: Martha Alves

Dono há dois anos de uma loja de espetinhos na região, Alexandre Soroko, 45, conta que as vendas aumentaram 25% com o Carnaval de rua. A alegria da folia deixa ele e a esposa ainda mais animados para trabalhar.

Nesta época de Carnaval, ele diz que abre a loja às 13h e fecha quando não tem mais movimento - o horário normal costuma ser das 18h às 2h. "Os blocos aumentam as vendas, o problema é quando passam muito rápido, a gente não lucra porque as pessoas não param para comer", explica.

O chinês Wu Chi Haur, 49, que se considera brasileiro porque chegou ainda criança no Brasil, inaugurou uma loja de espetinhos com temática oriental neste sábado de Carnaval. Ele já está animado com o movimento de clientes.

"O Carnaval é um bom teste, tem bastante movimento, requer que a gente faça os fluxos direitinho. Tem muita gente, mas não temos problema de pagamento porque estamos controlando. Estou animado com a festa porque vem mais gente, estou lucrando mais, seria bom se todo dia fosse assim", diz Haur animado com o novo comércio.

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