Mortos, ferido e indenização de R$ 700 mil: desfiles do Rio somam polêmicas
A primeira noite dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, neste domingo (14), começou com problemas. A Porto da Pedra, que retornou ao Grupo Especial em 2024, enfrentou dificuldades em seu desfile após uma mulher ser atingida por um carro alegórico da agremiação.
Acidente aconteceu no meio do desfile da Porto da Pedra e a vítima, identificada como Natália Leoterio, 37, sofreu escoriações leves. Ela foi atendida imediatamente, mas disse ter "visto a morte de perto". "Foi tudo muito rápido, uns 10 caras tentaram tirar as grades, mas não conseguiram. Aí um deles me levantou", contou ao jornal O Globo.
Agremiações do Rio de Janeiro têm acumulado polêmicas com falhas em seus desfiles que já resultaram em mortes, pessoas prensadas e até mesmo indenização à atriz Neusa Borges.
Agremiações somam falhas
Em 2022, Raquel Antunes da Silva, 11, morreu após ser atropelada pelo carro abre-alas da Em Cima da Hora. A menina foi imprensada entre um poste e a alegoria da escola. Ela foi hospitalizada, teve a perna direita amputada, mas não resistiu e morreu.
A morte de Raquel levou a Justiça do rio a determinar que as agremiações do Rio escoltem seus carros alegóricos até os barracões. O Ministério Público do Rio denunciou oito pessoas pelo ocorrido.
Em 2017, outra pessoa morreu em decorrência de problemas em carros alegóricos. Na ocasião, a radialista Elizabeth Ferreira, 55, estava próxima à concentração quando foi atingida por uma alegoria desgovernada da Paraíso do Tuiuti. Ela foi hospitalizada, passou meses internada, fez sete cirurgias, mas não resistiu e morreu em abril daquele ano. Além da vítima fatal, outras 20 pessoas foram feridas. A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou quatro pessoas pelo acidente.
No desfile de 2019, um homem ficou ferido ao ser prensado pelo carro abre-alas da Portela, na área de dispersão. Em 2017, o topo de uma alegoria da Unidos da Tijuca cedeu e 12 pessoas ficaram feridas. Em 2011, um dos carros do Salgueiro teve princípio de incêndio na dispersão. As chamas foram contidas e ninguém ficou ferido. Em 1992, outro caso de incêndio gerou preocupação no desfile da Viradouro e a atriz Leila Amorim precisou se jogar da alegoria em chamas.
Durante o desfile da Unidos da Tijuca, em 2003, a atriz Neusa Borges caiu de cima de uma alegoria e fraturou a bacia. Em 2010, a Justiça condenou a agremiação a indenizar a artista em R$ 700 mil.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.