Tom Maior e Independente Tricolor são rebaixadas no Carnaval de SP

As escolas de samba Tom Maior e Independente Tricolor foram rebaixadas para o Grupo de Acesso 1 do Carnaval em São Paulo.

O que aconteceu

O resultado foi anunciado em apuração realizada nesta terça-feira (13), no Sambódromo do Anhembi.

Tanto a Tom Maior quanto a Independente chegaram a uma pontuação de 268,7.

A Tom permaneceu na zona de rebaixamento durante toda a apuração. Já a Independente chegou a ficar fora das duas últimas posições, mas acabou rebaixada após a escola Camisa Verde e Branco se recuperar.

Como foi o desfile da Tom Maior

Desfile da Tom Maior na primeira noite de carnaval no sambódromo do Anhembi
Desfile da Tom Maior na primeira noite de carnaval no sambódromo do Anhembi Imagem: Mariana Pekin/UOL

A Tom Maior entrou na avenida com o enredo "Aysú: Uma História de Amor", a primeira temática indígena em 50 anos de história da agremiação. A escola de samba foi a segunda a se apresentar na madrugada de domingo (11).

Fundada em 1973, com origens cravadas no bairro do Sumaré, zona oeste da capital paulista, a escola vai disputar o Carnaval no Grupo de Acesso 1 em 2025.

Tom Maior apostou no enredo com temática indígena e fez a releitura da clássica história da mitologia grega, uma história de amor de Orfeu e Eurídice. A escola mostra a relação do sol e da lua, que vivem uma relação que não dá certo, pois, quando um chega, o outro vai embora.

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Como foi o desfile da Independente Tricolor

Desfile da Independente na primeira noite de carnaval no sambódromo do Anhembi.
Desfile da Independente na primeira noite de carnaval no sambódromo do Anhembi. Imagem: Simon Plestenjak/UOL

A Independente entrou na avenida com o enredo "Agojie, a lâmina da liberdade". O samba celebrou a força da mulher preta e destaca a história das agojie, único exército feminino já existente no mundo, símbolo de resistência e eficiência, que defendeu o Reino do Daomé, atual Benim, entre os séculos 17 e 19. Todas eram pretas. As guerreiras foram retratadas na avenida como símbolo de força e inspiração para as mulheres pretas que seguem lutando nos dias de hoje.

A escola apostou em grandes esculturas nos carros alegóricos e coreografias elaboradas no chão. Sem esconder a inspiração, a escola retratou em um carro alegórico as agojie hollywoodianas de "A Mulher Rei", estrelado por Viola Davis, e "Pantera Negra", que traz as Dora Milaje como defensoras de Wakanda. Outras alas mostraram mulheres poderosas da África, marfins e elefantes, representando a caça dos animais feita pelas agojie. A religiosidade também esteve presente, abordando o vodum. A escola também levou cores vivas à avenida em alas como "A Devoção de Agotime" e "Candaces e o Reino de Meroé".

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