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Alcione é homenageada em desfile da Mangueira: 'Não sou uma qualquer'

Alcione é a homenageada da Mangueira Imagem: Reprodução: AgNews
Péterson Neves e Diogo Sampaio

Do UOL, em São Paulo

13/02/2024 03h14

A Mangueira foi a quarta escola a entrar na Marquês de Sapucaí, na segunda noite de desfiles do Carnaval do Rio de Janeiro, e trouxe o enredo "A Negra Voz do Amanhã".

Como foi o desfile

Liderado pelos carnavalescos Guilherme Estevão e Annik Salmon, a Mangueira trouxe um desfile emocionante homenageando a cantora Alcione, uma de suas mais ilustres torcedoras. "Nesse Carnaval, a gente vai mostrar a relação de fé da Alcione, como ela se torna uma artista popular a partir da sua experiência no seu Maranhão. Todas as travessias que ela enfrentou para tenta ser cantora, a construção da carreira de 50 anos e como ela na Mangueira transforma a vida de tantas crianças", disse o carnavalesco Guilherme, em entrevista para a Globo.

Alcione marcou presença na passarela do samba e participou do grito de guerra na escola na concentração. "Muito prazer, galera. Eu sou a Alcione, a Negra Voz do Amanhã. E não sou uma qualquer", bradou ela, para delírio dos foliões na Marquês de Sapucaí.

13.fev.2024 - Desfile da Mangueira na segunda noite de carnaval no sambódromo da Marquês de Sapucaí Imagem: Lucas Landau/UOL

Tema do enrendo da Mangueira em 2016, Maria Bethânia foi destaque em um tripé na homenagem à amiga Alcione. "Nordestina como eu, linda e merecidíssmo, essa homenagem é merecidíssmo para Alcione. Ela trabalhou nessa escola a vida toda. Quando fui convidada, eu falei: "antes de qualquer coisa, o que Alcione disse? Dependerá dela". Então, acho que essa homenagem para ela é a coisa mais natural. Ela é mangueira", declarou ela, em entrevista para a Globo.

A bateria da Mangueira ficou nas mãos dos mestres de bateria Taranta Neto e Rodrigo Explosão, e teve a elegância de Rainha de Bateria, Evelyn Bastos, por mais um ano. A agremiação entrou na avenida com 26 alas, 5 alegorias, 2 tripés, e 3.500 componentes.

Comissão de frente "flutuante": a Mangueira fez com que os dançarinos de carro parecerem que estavam flutuando na avenida. Eles prendiam a sapatilha na base giratória do carro e se inclinavam para surgir o efeito.

Escultura quebrada: a cabeça de uma das esculturas da Mangueira quebrou antes da entrada da escola na Sapucaí hoje. A alegoria foi remendada antes do desfile, mas precisou ser segurada por um componente ao longo do desfile.

Componente da Mangueira passou o desfile todo segurando a cabeça da escultura no lugar Imagem: Reprodução/X @Carnavalize

Evelyn Bastos, rainha da Mangueira, se emocionou ao dizer que é grata por Alcione incentivá-la desde pequena a ser uma artista. "Eu acredito que nenhum de nós vai atravessar a Marquês sem o coração explodir o coração de gratidão... Aqui nessa bateria temos 90% de ritmistas e a rainha de bateria vindo da Mangueira do Amanhã. Ela é a grande fundadora disso. Então, se a gente pode atravessar essa Marquês cantando Alcione, fala Alcione, foi porque ela fez com que fosse possível. Ela fez com que as crianças de Mangueira se entendessem como artistas. Gratidão", afirmou ela, em entrevista ao UOL.

Fundada em 28 de abril de 1928, a Mangueira tem suas cores verde e rosa, que são um símbolo da cultura carioca. A escola soma 20 conquistas do Carnaval e ostenta o segundo posto de maior campeão.

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