Pauta do corpo livre 'vem muito do meu sofrimento', diz Paolla Oliveira

Um dia depois de virar onça na Sapucaí, Paolla Oliveira voltou ao sambódromo para curtir o segundo dia de desfiles do camarote Arpoador.

Ela se disse surpresa com a reação do público ao desfile. "Achava que ia ser uma surpresa, mas não que seria tão bem recebido. Mas achei que merecia virar uma onça na Avenida".

Paolla explicou por que decidiu falar sobre as críticas a seu corpo. "O que eu queria falar vem muito do meu sofrimento, então é genuíno. Mas no final das contas, foi dado o recado. Todas as mulheres, em algum momento, independente dos seus privilégios, passam pelas mesmas coisas".

Às vezes se cansa de discutir o tema. "Tudo o que a gente começa a falar, as pessoas replicam muito. Batem muito na mesma tecla. Às vezes fica um pouco desgastante, mas é um assunto importante que tem muitas vertentes".

Ainda quer debater outras pautas. "De resto, tem outras pautas gigantes que quero falar ainda. Isso veio porque era latente para mim, mas acho que agora podemos seguir falando sobre o feminino de uma maneira muito ampla. Não é só no Carnaval. É sempre, é pela vida. É uma construção que temos que fazer, sobre essa liberdade mesmo que cerceada. Temos muita coisa ainda para caminhar. Outra coisa que não é para falar só no Carnaval é a segurança da mulher. Não dá pra gente ser livre se a gente não se sente seguro".

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