'Daria zero': Tarcísio critica referência da Vai-Vai à violência policial
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou o samba-enredo e o desfile da Vai-Vai, no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. Ele não gostou da referência à Tropa de Choque da Polícia Militar, que falava sobre a violência policial. As informações são d'O Globo.
O que aconteceu
Com chifres e asas vermelho-alaranjadas, uma das alas da Vai-Vai vestia fantasias de policiais. A história da escola de samba se referia ao disco "Sobrevivendo ao Inferno", do grupo Racionais MC's, sobre violência policial.
Tarcísio considerou as fantasias "agressivas". "Se eu fosse jurado, daria nota zero no quesito fantasia. Achei de péssimo gosto. A polícia é uma instituição que a gente tem que ter respeito", disse ele.
O governador continuou: "Quando a gente está na necessidade, a quem a gente recorre? À polícia. E não só na segurança pública. Nas ações de defesa civil, quando uma pessoa se engasga, nas ocorrências de trânsito, de afogamento. Quantas vidas os policiais salvam?".
Clarício Gonçalves, o presidente da Vai-Vai, rebateu as críticas de policiais ao samba-enredo e ao desfile da escola no Carnaval de SP. "Nós nos baseamos em livros. Tudo o que foi feito foi baseado em livros. Se eu relato um enredo e não consta um determinado item nele, levamos o famoso 9.9 ou 9.8. Em momento algum quisemos afetar a imagem da Polícia Militar. Só que o enredo tem que ser relatado do jeito que a história aconteceu", disse ao UOL.
Gonçalves completou: "Você se retrata quando erra, fala uma mentira. Nós não mentimos. Se tiver que fazer uma retratação junto à PM, farei diretamente com eles e marco uma reunião com os responsáveis. Levarei o livro e tentarei explicar que o enredo foi baseado nele. Não foi uma fantasia, uma ideia nossa".
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