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Arrependido? Folião faz tatuagem de bebida em BH e garante: 'Estava sóbrio'

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/02/2024 14h38Atualizada em 17/02/2024 15h32

Luiz Eduardo Souza, 20, curtia o Carnaval de Belo Horizonte quando decidiu tatuar a lata da bebida Xeque Mate no último dia de folia. Ele afirma que não estava bêbado no estúdio de tatuagem.

O que aconteceu

Mineiro de Passos (MG), Luiz Eduardo passou o Carnaval em BH ao lado de amigos quando decidiu fazer a tatuagem: "Eu tava bem no meio de um bloquinho, o Truck e Desejo, com três amigos e um deles é tatuador", disse ao UOL o estudante que mora em Brasília, onde cursa Ciência Política na UnB (Universidade de Brasília).

A ideia da tatuagem veio na terça-feira (13): "Já era meio-dia do último dia de Carnaval, já tava um pouco alterado e perguntei para ele quanto custava fazer [uma tatuagem de] latinha de Xeque Mate. Ele falou um valor e eu queria fazer naquele momento", afirma Luiz Eduardo, chamado pelos amigos de Dudu.

Famosa em BH, a bebida é feita com chá mate, rum, xarope de guaraná e limão. Ela nasceu por acaso após mistura dos ingredientes numa festa.

O primeiro contato do jovem com o Xeque Mate foi aos 18 anos. Foi quando se mudou para BH devido aos estudos na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais): "É uma bebida clássica de BH, mas que já está começando a ficar bem famosa nacionalmente. Já vi gente de São Paulo e Rio de Janeiro já bebendo Xeque Mate".

Lata da bebida Xeque Mate tatuada na perna direita do estudante Luiz Eduardo, 20 Imagem: Lúcio Rabelo/ Arquivo pessoal

Apesar de querer tatuar de imediato, seu amigo tatuador achou melhor esperar: "Ele falou 'amanhã a gente faz, vamos curtir'. Acordei sóbrio no outro dia, muita gente duvidando, mas eu realmente estava sóbrio e fiz a tatuagem".

Com viagem marcada para às 18 horas da quarta-feira de Cinzas, Luiz Eduardo teve cerca de três horas para fazer a tatuagem: "O Dudu curte muito Xeque Mate. [...] Chegou no último dia [dele aqui e] a gente fez. Ele tinha viagem às 18h e começamos às 15h [no estúdio]", revela Lúcio Rabelo, tatuador de 25 anos.

Foi a primeira vez que ele tatuou a lata de bebida e deu tempo de fazer uma segunda tatuagem da Igreja de São Francisco de Assis da Pampulha: "Deu tempo de fazer as duas. Tentei desenhar e não ficar realista, mas deixar um pouco no meu estilo. Costumo fazer muito desenho aleatório, coisa de animal com profissão, bicho em cima de bicho. O último que deu uma bombada foi um galo de tênis".

Igreja de São Francisco de Assis da Pampulha foi a segunda tatuagem de Luiz Eduardo na vida, feita no mesmo dia Imagem: Lúcio Rabelo/ Arquivo pessoal

Hospedado na casa de um amigo, Luiz só sabia ser feliz: "Quando ele chegou aqui em casa, após a tatuagem, só conseguia ver o olho dele brilhando. A primeira tatuagem é sempre assim, mas aquela tinha algo de especial", ressalta Pedro Bravo, 23, estudante de Ciências do Estado na UFMG.

Muita gente pensa 'nossa, fez uma bebida', mas para mim é além disso. Gosto muito de BH, não é a toa que fiz também a Igreja da Pampulha e foram as minhas primeiras tatuagens. É uma boa história. Luiz Eduardo, estudante de Ciência Política

Amigos de Luiz Eduardo que também curtiram o Carnaval de Belo Horizonte Imagem: Arquivo pessoal

Notado pela marca

Após o resultado da tatuagem ser publicado nas redes sociais na quinta-feira (15), a própria marca de bebida elogiou o trabalho de Lúcio.

"Fiquei tão linda! Amei", reagiu o perfil no X, antigo Twitter.

Luiz Eduardo conta como reagiu: "Fiquei bem feliz, eles entraram em contato comigo, fiquei bem satisfeito com isso. Ainda não me arrependi e acredito que não vou me arrepender. Tem um sentimento por trás disso, é só um símbolo que tatuei", explica o jovem, que diz gostar muito de BH e considera a cidade bastante acolhedora.

Nosso carnaval foi ótimo, o carnaval de BH é maravilhoso, e ter aquele momento eternizado em sua pele foi, sem dúvida, uma decisão maravilhosa. E se um dia ele se arrepender, o que eu duvido que vá acontecer, ao menos a gente tá tendo muita história pra contar, finaliza o amigo Pedro Bravo.

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