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Zé Celso, Cazuza e mais: veja os temas das escolas de SP no Carnaval 2025

Sabrina Sato, rainha de bateria da Gaviões da Fiel, no Desfile das Campeãs do Carnaval de São Paulo de 2024 Imagem: Mariana Pekin/UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/11/2024 12h24

Os desfiles do Grupo Especial do Carnaval 2025 em São Paulo vão homenagear ícones marcantes da cultura nacional, como o cantor e compositor Cazuza, o dramaturgo Zé Celso e a música "Aquarela", de Toquinho. Os sambas-enredo foram lançados nesta sexta-feira (22) pela Liga-SP.

As músicas estão disponíveis no YouTube e nas plataformas SoundCloud, Amazon, Apple Music, Spotify, Tidal e Deezer.

Quais os temas?

Acadêmicos do Tatuapé

A Acadêmicos do Tatuapé entrará na avenida com o enredo "Justiça - A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar". A frase título é de Martin Luther King Jr.

A Acadêmicos do Tatuapé acredita que a justiça ideal é como a luz que brilha nos recantos mais escuros da humanidade, iluminando os caminhos da igualdade e da compaixão. É o eco das vozes silenciadas pela pressão, clamando por redenção e esperança. É a promessa de um amanhã onde as lágrimas da injustiça serão transformadas em sorrisos de dignidade e respeito. É a busca incessante por um mundo onde cada ser humano seja valorizado não pelo que tem, mas pelo que é. E, acima de tudo, é a convicção de que, mesmo diante das sombras mais densas, a luz da justiça sempre encontrará um caminho para brilhar.
Acadêmicos do Tatuapé, em sinopse publicada no Instagram

Acadêmicos do Tucuruvi

O samba-enredo da Acadêmicos do Tucuruvi narra a história da relíquia indígena no Brasil, intitulado de "Assojaba - A Busca Pelo Manto". "O manto é um dos principais símbolos de força e respeito dos mais velhos, dos pajés, majés, marobixabas, caciques e cunhãs nos momentos cerimoniais".

Usado por aqueles que detêm a honra e o poder, o manto representa a força dos ancestrais indígenas que habitam cada brasileiro. Afinal, todos nós devemos conhecer a nossa história e reverenciar os verdadeiros donos da terra.
Acadêmicos do Tucuruvi, em trecho da sinopse publicada no Instagram

Águia de Ouro

A Águia de Ouro homenageará o cantor Benito de Paula com o samba-enredo "Em Retalhos de cetim, a Águia de Ouro do jeito que a vida quer". "Pela importância, relevância e carisma do nosso homenageado temos a certeza que será um desfile mágico, principalmente, com a participação do público. O grande Benito di Paula merece".

Vamos prestar uma homenagem ao grande Benito di Paula. Cantor e compositor que inovou ao introduzir o piano ao samba, alcançando o topo das paradas de sucesso nos anos 70, com canções como "Retalhos de Cetim", "Mulher Brasileira" e a imbatível "Charlie Brown", sendo esta última, conhecida no mundo inteiro. Benito di Paula é um dos maiores cantores em vendagem de disco da história da MPB, e este legado será mostrado no carnaval em forma de espetáculo, no nosso palco maior, o Sambódromo do Anhembi, onde iremos reviver seus sucessos em forma de fantasias e alegorias.
Águia de Ouro, em sinopse publicada no Instagram

Barroca Zona Sul

Contando a história do orixá Iansã, a Barroca Zona Sul vai levar para a avenida o enredo "Os nove oruns de Iansã".

Além dos inúmeros feitos, amores e traços de sua personalidade marcante, abordaremos sua importante missão enquanto Orixá Iyabá, que é conduzir, encaminhar e dar direção ao espírito, a partir do momento de seu desprendimento da matéria corporal, e guiá-lo a um de seus nove céus sagrados.
Barroca Zona Sul, em breve resumo do enredo publicado no Facebook

Camisa Verde e Branco

Um dos enredos mais aguardados será o da Camisa Verde e Branco, que terá o cantor Cazuza como tema. Chamado de "O tempo não para! Cazuza - o poeta vive!", o desfile será uma biografia musical do cantor.

Apresentaremos uma biografia musical do eterno exagerado, para fazer da emoção o nosso grito de explosão no Anhembi "pro dia nascer feliz!". Cazuza foi mais que um músico, mais que um poeta; foi um artista do amor, que decifrava as nuances mais profundas desse sentimento universal, desafiando-nos a amar mais, a sentir mais e a viver mais intensamente.
Camisa Verde e Branco, em trecho de postagem no Instagram

Colorado do Brás

De volta ao Grupo Especial e sendo a escola a abrir os desfiles, a Colorado do Brás vai cantar "Afoxé Filhos de Gandhy no ritmo da fé". Criado em 1949, o grupo completou 75 anos de formação e é o maior bloco do Brasil, sendo composto por homens que saem vestidos de branco e azul, em homenagem a Oxalá e a Ogum.

A energia e a harmonia do maior afoxé do Brasil!
Colorado do Brás, em postagem no Instagram

Dragões da Real

A Dragões da Real promete tingir a avenida com o desfile "A vida é um sonho pintado em aquarela", inspirada nos versos da música "Aquarela", de Toquinho.

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Dragões da Real comemora seus 25 anos transformando a passarela do samba em uma linda pintura para, assim, cantar o ciclo da vida de forma lúdica, inspirado pelos versos da música "Aquarela".
Dragões da Real, em postagem no Instagram

Estrela do Terceiro Milênio

Assim como a Colorado do Brás, a Estrela do Terceiro Milênio está de volta ao Grupo Especial e trará a diversidade e a resistência da população LGBT+ como enredo, em um samba chamado de "Muito Além do Arco-Íris".

Em 2025 vamos assim: "Tire o preconceito do caminho que nós vamos passar com o amor".
Estrela do Terceiro Milênio, em postagem no Instagram

Gaviões da Fiel

Trazendo um enredo afro para a avenida, a Gaviões da Fiel tem como tema "Irin Ajó Emi Ojisé". O desfile vai trazer uma versão da história africana, desde a antiguidade até um futuro projetado pela liberdade poética do carnaval.

A Gaviões da Fiel apresentará os rituais com máscaras, um símbolo da diversidade das etnias presentes no continente africano. As máscaras refletem a arte, os saberes e as crenças de seus povos. Irin Ajó Emi Ojisé explora os significados e simbolismos dessas máscaras para reforçar os valores nela contidos, em uma exaltação direta e indireta à cultura e à arte dos povos africanos.
Gaviões da Fiel, em sinopse publicada no Instagram

Império de Casa Verde

Com o samba-enredo "Cantando contos: Reinos da literatura", a Império de Casa Verde trará a literatura para o Sambódromo do Anhembi. A escola celebrará "a magia dos grandes clássicos" e "o romance dos casais apaixonados", contando histórias de "Romeu e Julieta" a Homem-Aranha e Mulher-Gato, passando por autores famosos como os irmãos Grimm e Clarice Lispector.

Em 2025, o Império de Casa Verde mergulhará na educação através das páginas lúdicas da literatura. Romeu bailará com Cinderela; Julieta estará na gira com Peter Pan; Aladim dançará com Branca de Neve. Em 2025, veremos o sapo virar gato, o gato virar tigre e o tigre virar rei.
Império de Casa Verde, em trecho da sinopse publicada no Instagram

Mancha Verde

A Mancha Verde vai cantar na avenida "Bahia, da Fé ao Profano".

Nosso enredo é baseado na série documental criada pelo produtor baiano Gastão Netto, "Bahia - Da Fé ao Profano", que destaca a riqueza cultural da Bahia, mesclando tradições religiosas afrocatólicas com as celebrações profanas. Este sincretismo cultural será o ponto central do nosso desfile, trazendo uma Bahia vibrante e harmônica para a avenida.
Mancha Verde, em trecho de uma publicação no Instagram

Mocidade Alegre

A Mocidade Alegre tentará o 12º título e tricampeonato consecutivo abordando a fé na avenida, com o samba "Quem não pode com mandinga não carrega patuá". Em 2024, a escola sagrou-se campeã com uma homenagem ao escritor e poeta Mário de Andrade (1893 - 1945).

"Quem não pode com mandinga, não carrega patuá" passeia pela história dos objetos religiosos que fazem parte da cultura brasileira, como os amuletos, as guias, os balangandãs e os terços. Dos povos islâmicos até as baianas da Mocidade Alegre, a escola contará mais uma das muitas páginas do nosso sincretismo religioso e das recriações dos povos africanos em meio à diáspora.
Texto de divulgação do enredo da Mocidade Alegre

Rosas de Ouro

Trazendo os jogos para a avenida, a Rosas de Ouro terá o samba "Rosas de Ouro em uma grande jogada". O enredo contará a história da arte de jogar e a importância do hábito na sociedade.

Desde os tempos mais antigos da humanidade, os jogos refletem valores, habilidades, traços marcantes e costumes de culturas e épocas. Com o passar dos séculos, evoluíram, se diversificaram, refletindo avanços tecnológicos, sociais e culturais, sem perder a sua essência. Sorte, mistério, adrenalina, estratégia e muita diversão, e é isso que levaremos para nosso desfile de 2025.
Carnavalesco Fábio Ricardo, em publicação da Rosas de Ouro no Instagram

Vai-Vai

Maior campeã do carnaval paulistano, a Vai-Vai irá homenagear o ator e dramaturgo José Celso Martinez (1937-2023). O samba é intitulado de "O Xamã devorado y a deglutição bacante de quem ousou sonhar desordem".

Reverenciar Zé Celso é exaltar a pluralidade e a efervescência cultural do Bixiga. Seu lugar, nosso lugar, berço de nossas essências - do Teatro Oficina a da nossa Saracura! Que todos os deuses e forças universais estejam conosco nesta grandiosa missão de "samba, liberdade e amor". Vamos juntos vislumbrar a aurora da nossa folia.
Vai-Vai, em sinopse publicada no Instagram

Festa de lançamento

No próximo dia 30, a partir das 14h, acontece a festa que celebra a álbum com as gravações oficiais dos sambas das 32 escolas dos grupos Especial, Acesso 1 e Acesso 2. O evento será na Fábrica do Samba (Av. Doutor Abraão Ribeiro, 497, Barra Funda).

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