Eduardo Paes critica blocos não oficiais no Rio: 'Freud deve explicar'
Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, usou as redes sociais para ironizar uma declaração dos organizadores dos blocos não oficiais na cidade.
O que aconteceu
Blocos não oficiais iniciam neste domingo (5) a temporada de pré-Carnaval no Rio. Mais de 30 blocos ocupam as ruas da capital fluminense ao longo do dia. Em uma entrevista ao jornal O Globo, um dos organizadores disse que "o Carnaval acontece nas ruas do Rio há mais de dois séculos, independentemente de qualquer ação da Prefeitura".
Eduardo Paes não gostou da declaração. No X, ele defendeu a política da Prefeitura de priorizar parcerias público-privadas: "Eu acho curiosa a posição desse pessoal! Como se a Prefeitura criasse algum tipo de constrangimento para blocos saírem pelas ruas. A única coisa que tentamos fazer é organizar e dar o mínimo de infraestrutura".
Tem uma turma que adora dar de rebelde progressista e no fundo liga um dane-se para o gari trabalhador da COMLURB que tem que ficar atrás deles porque eles se recusam a informar oficialmente onde vão passar. Deve ser uma rebeldia com mensagem política. Freud deve explicar! Eduardo Paes
Disse que a atitude dificulta o trabalho da Prefeitura. "De qualquer forma, a Prefeitura vai estar atrás deles para cumprir com nossas obrigações. Fica mais difícil, mas a gente cumpre!"
O que diz representante de blocos
Luis Otavio Almeida, representante do Desliga e do Cordão do Boi Tolo, afirma não ser uma crítica salientar que o Carnaval do Rio acontece independentemente da prefeitura, mas uma constatação histórica. "O problema está no decreto de 2009, que tem sido repetidamente reeditado e ignora o Carnaval livre e ancestral da cidade", afirma o representante para Splash neste domingo (5).
Ele afirma ainda que a luta por banheiros públicos é antiga. "Desde 2010, defendemos a criação de banheiros públicos no centro, que atenderiam a população durante todo o ano e exigiriam apenas ajustes no período de Carnaval. "Reafirmamos nossas recomendações: evitar garrafas de vidro, não jogar lixo no chão e usar os banheiros sempre que possível."
Os blocos são a alma do Carnaval do Rio. Eles atraem turistas e geram recursos para a cidade, mas o humor da prefeitura nem sempre foi o ideal. Como sempre, Freud explicaria as variações de postura do poder público. A prefeitura precisa cumprir suas obrigações. Fico feliz em saber que estão atentos a isso. Luis Otavio Almeida