Laser aponta buracos: Paolla, Vivi e mais rainhas nos bastidores de ensaios

Já Paolla Oliveira, rainha da Grande Rio, diz que não se machucar nos bueiros é seu maior desafio. "É prova do líder passar sem torcer o pé, porque sou muito acelerada", diz a atriz, há sete anos no posto. Apesar dos perrengues, ela não esconde a empolgação para essa fase, com 10 looks apenas para o pré-Carnaval — um para cada ensaio.

Sabrina Sato, há 15 anos à frente da Vila Isabel, destaca que as redes sociais aumentaram a repercussão — e a preocupação — sobre o que acontece nos ensaios. "Então, no ensaio de rua, que é para a gente treinar mesmo, às vezes não posso nem parar para pegar as bossas 'de boa' com a bateria porque a gente está sendo sempre filmada e fotografada."

Ainda assim, apesar da pressão, os ensaios de rua são os preferidos da apresentadora. "A gente capricha nos looks para mostrar nosso amor e nosso respeito pela escola, que sempre merece o nosso melhor. (...) A gente recebe muito carinho e uma energia incrível do público nas ruas."

Erika Januza, rainha da Viradouro, é acompanhada por equipe de sete pessoas. A última campeã do Carnaval preenche uma das principais vias do centro de Niterói com ritmistas, com a atriz acompanhada de pessoas vestidas com um uniforme que leva seu nome, de fotógrafo a social media.

Para mim, o mais difícil no ensaio de rua, é ter um público de um lado e o outro do outro. Não posso ficar parada. É uma responsabilidade. Então, esses ensaios preparam mesmo, é como se fosse o dia do desfile.
declarou ela ao Globo

Mas para além da interação com a comunidade, os ensaios também servem para treinar o desfile oficial. Para isso, há um marcador na rua que simula a posição dos jurados na avenida e os componentes reproduzem o tempo que terão no desfile oficial.

E se o desfile for na chuva? Rainhas treinam pisada para não ter problemas com a água. "A técnica que eu uso para sambar na chuva é a do quadril: tirar um pouco da pisada atrás, do contratempo, e colocar toda a ênfase do samba no quadril. Assim, a gente consegue ficar um pouco mais segura, mais confortável, e executar a dança de maneira mais tranquila", diz Mayara Lima, rainha de bateria da Paraíso de Tuiuti há dois anos — e membro da escola desde os 11. Hoje, ela tem 28.