Amarok V6 anda como esportivo e é o VW mais caro; veja preços e avaliação
Resumo da notícia
- Picape da VW ganha mais potência e vai aos 258 cv
- Design não muda e é o mesmo desde 2016
- Amarok fica devendo tecnologias presentes nas rivais
A Volkswagen Amarok nunca esteve perto de brigar pela liderança do segmento de picapes.
Porém, o modelo - que sofreu com alguns erros estratégicos da marca e foi pivô do "dieselgate" no país - estabeleceu um novo nicho dentro da categoria: o das picapes de alto desempenho.
É justamente a motorização V6 a grande novidade da picape. Lançada há alguns meses na Argentina, a atualização finalmente chega ao Brasil com 258 cv - 33 cv a mais do que antes.
A gama, aliás, ficou mais enxuta e agora possui apenas três versões: Comfortline, Highline (R$ 243.290) e Extreme (R$ 256.390). A Amarok vem com o 2.0 TDI de 180 cv e 42,8 kgfm nas versões Comfortline e Highline, enquanto o novo motor com seis cilindros em "V" estará disponível nas configurações Highline e Extreme.
UOL Carros já avaliou a novidade na versão topo-de-linha Extreme. Vale a pena levá-la para casa?
VW Amarok V6 Extreme
4,0
Números da Amarok estão dentro da média para as picapes movidas a diesel
5,0
Motor V6 de 258 cv garante fortes emoções e respostas ágeis à picape de 2 toneladas
4,0
Sem atualizações desde 2016, estilo começa a ficar datado, mas ainda agrada
3,0
Picape sente falta de assistências de condução e itens mais básicos, como destravamento das portas sem chave
4,0
Cabine é ampla para quatro pessoas - quinto passageiro vai com certo aperto
3,0
Custos de revisão são altos, especialmente diante de rivais mais baratas
3,0
Tem só 4 airbags, ESP e controle de tração, mas não possui alerta de colisão, frenagem autônoma e outros itens
Pontos Positivos
- Dirigibilidade
- Desempenho
Pontos Negativos
- Projeto defasado
- Itens de série
Veredito
Não existe definição melhor para a Amarok V6 do que "brinquedo gigante". O possante motor turbodiesel entrega desempenho de sobra em todas as situações, com respostas de hatch esportivo em um veículo que pesa quase 3 toneladas. Mas se ela é a mais potente da categoria, ela perde força quando analisamos a lista de equipamentos. Várias rivais são mais bem equipadas, inclusive em itens de segurança. Algumas delas, como L200 Triton Sport e Frontier, também possuem projetos mais modernos que a representante da VW. E esses fatores podem fazer a diferença antes de desembolsar uma pequena fortuna pela Amarok.
Versões disponíveis
Todo mundo sabe que as picapes possuem um ciclo de vida mais longo do que outros tipos de automóveis.
A geração atual da S10 (apenas a segunda desde 1995) foi lançada em 2012, mesmo ano em que a atual Ford Ranger chegou ao país.
Fato é que a VW poderia dedicar mais atenção à Amarok, que completa uma década de vida neste ano - e é, portanto, mais velha do que as rivais.
Mesmo assim, a Amarok ainda faz boa figura por aí. Suas linhas mais sóbrias casam com a proposta de robustez normalmente atrelada a um utilitário. A versão Extreme é uma das mais atraentes graças aos acessórios, como santantônio integrado à carroceria, estribos laterais e as grandes rodas de 20 polegadas.
Por dentro, a picape da VW tem um visual datado. Sobra plástico de qualidade que não condiz com um carro que custa mais de R$ 200 mil.
Assim como fazem outras montadoras, diversos componentes são aproveitados de modelos mais baratos da VW. A prática se tornou comum na última década para cortar custos de produção.
É por isso que o volante é o mesmo que pode ser encontrado no Polo, por exemplo. Chaves de seta e do limpador de para-brisa e os botões de acionamento dos vidros também vieram de outros carros.
Entretanto, esse compartilhamento de peças é apenas um detalhe que não influencia negativamente no resultado final. A posição de dirigir da Amarok é muito boa para uma picape, sem ser excessivamente elevada.
Muito confortáveis, os bancos revestidos em couro são do tipo concha e acomodam muito bem os passageiros. Quem viaja atrás senta em posição um pouco alta, mas não a ponto de se sentir incomodado - como acontecia nas picapes mais antigas. Existe bom espaço para pernas e cabeça, sendo que um porta-copos central rouba espaço das pernas de um quinto ocupante.
Quem compra uma Amarok V6 gosta mesmo é de desempenho. O motor 3.0 turbodiesel recebeu melhorias e agora entrega 258 cv, um aumento de 32 cv em relação à receita original.
A brincadeira fica ainda mais divertida com a função "Overboost", que eleva a potência para 272 cv por 10 segundos, desde que a picape esteja entre 50 km/h e 120 km/h. Após o uso, a função volta a ser disponibilizada após cinco segundos.
Com ou sem "Overboost", a picape entrega momentos de intensa diversão ao volante. Um ponto interessante é que a Amarok não tem comportamento arisco e não reclama quando é conduzida tranquilamente.
Porém, basta uma leve cutucada no acelerador para que ela se transforme em um esportivo de dimensões exageradas. Ela ganha velocidade com uma rapidez espantosa e chega a colar as costas do motorista no banco nas arrancadas mais bruscas.
A VW declara aceleração de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos, ou seja, apenas 0,6 segundo a mais do que o finado Golf GTI. A velocidade máxima da Amarok é de 210 km/h.
Bom lembrar que o hot hatch tinha uma relação peso/potência de 5,7 kg/cv, enquanto a Amarok possui uma relação de 11,31 kg/cv. Nada mal para um utilitário.
Atualmente, a Amarok V6 Extreme é o modelo mais caro à venda no país. Só que a lista de itens de série não faz jus a uma etiqueta tão cara.
A picape vem com 4 airbags, controles de estabilidade e de tração, acendimento automático dos faróis, ar-condicionado digital com duas zonas de temperatura, bancos dianteiros com regulagens elétricas, estribos laterais, câmera de ré, piloto automático (sem função adaptativa) com limitador de velocidade,faróis bi-xenon com luzes diurnas em LED, controle de velocidade em descidas, protetores de cárter e de transmissão, retrovisores com regulagens elétricas e aquecimento, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, sensor de chuva, rodas aro 20, entre outros itens.
Opcionalmente, a Amarok V6 Extreme pode vir com capota marítima (R$ 1.170) e o pacote Black Style (R$ 1.880), disponível apenas na cor Preto Mystic.
Ele inclui rodas de liga leve na cor preto brilhante, para-choque traseiro na cor preto fosco, capas dos retrovisores externos na cor preto Ninja, moldura dos faróis de neblina, grade dianteira, moldura dos faróis de neblina na cor preto brilhante e estribos laterais em preto fosco.
Causa estranheza a ausência de equipamentos que estão nas rivais - e até em modelos mais baratos da marca. Não há destravamento das portas sem chave e partida do motor por botão, que são oferecidos na dupla Polo e Virtus.
Por fim, falta também uma central multimídia mais moderna - e olha que não estamos nem falando da recém-lançada VW Play que equipa Nivus e T-Cross. Ok, o sistema de entretenimento Discover Media possui todos os recursos que dela se espera, como suporte a Android Auto e Apple CarPlay. Porém, uma interface menos atraente não seria nada mal.
A Amarok V6 sai de fábrica com 6 airbags, controles de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas e sistema de frenagem automática pós-colisão.
É um pacote razoável que ficaria bem melhor se incluísse alguns itens mais tecnológicos presentes na concorrência.
Veja só: rivais como S10 e Ranger oferecem frenagem autônoma de emergência, piloto automático adaptativo (apenas na picape da Ford), alerta de colisão, sistema de detecção de pedestres, alerta de pontos cegos e alerta de permanência em faixas. Nenhum destes itens está presente na Amarok.
Praticamente não existem rivais com a mesma proposta da Amarok. E isso acontece tanto pelo desempenho dos 258 cv quanto pelo preço salgado de R$ 256.390.
Quem mais se aproxima da picape da VW é a Toyota Hilux GR-S V6. Porém, ela é equipada com um motor 4.0 V6 movido a gasolina, capaz de entregar 234 cv. Seu preço também é bem menor: R$ 222.990.
Pouco acima na tabela de preços está a Mitsubishi L200 Triton Sport HPE-S, que custa R$ 232.990. Entretanto, a picape recém-lançada é bem mais fraca do que a Amarok V6: ela é movida por um motor 2.4 turbodiesel de 190 cv.
O mesmo acontece com as versões mais possantes de S10, Ranger e Frontier, cujas potências são de 200 cv (nas duas primeiras) e 190 cv, respectivamente. Só que os valores também são bem inferiores: enquanto a S10 High Country custa R$ 218.690, a Ranger Limited sai por R$ 222.490. A Frontier LE custa R$ 223.370.
-
Motorização
-
3.0, V6, injeção direta, turbodiesel
-
Combustível
-
Diesel
-
Potência (cv)
-
258 cv entre 3.250 rpm e 4.500 rpm
-
Torque (kgf.m)
-
59,1 kgfm entre 1.400 rpm e 3.000 rpm
-
Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
-
7,4 s
-
Velocidade máxima (km/h)
-
210 km/h
-
Consumo cidade (km/l)
-
n/d
-
Consumo estrada (km/l)
-
n/d
-
Câmbio
-
Automático de 8 marchas
-
Tração
-
Integral
-
Direção
-
Hidráulica
-
Suspensão Dianteira
-
Independente, McPherson
-
Suspensão Traseira
-
Eixo rígido
-
Freios Dianteiros
-
Discos ventilados
-
Freios Traseiros
-
Discos ventilados
-
Pneus
-
255/50 R20
-
Rodas
-
20 polegadas
-
Altura (mm)
-
1834 mm
-
Comprimento (mm)
-
5254 mm
-
Entre-eixos (mm)
-
3097 mm
-
Largura (mm)
-
1934 mm
-
Ocupantes
-
5
-
Peso (kg)
-
2134 kg
-
Porta-malas (L)
-
n/d
-
Tanque (L)
-
80 l
-
10.000 km
-
R$ 1.086,11
-
20.000 km
-
R$ 1.638,27
-
30.000 km
-
R$ 1.086,11
-
40.000 km
-
R$ 1.638,27
-
50.000 km
-
R$ 1.086,11
-
60.000 km
-
R$ 1.638,27
-
Seguro
-
n/d
-
Garantia
-
3 anos
-
Airbags Motorista
-
-
Airbags Passageiro
-
-
Airbags Laterais
-
-
Airbags do tipo Cortina
-
-
Controle de Estabilidade
-
-
Controle de Tração
-
-
Freios ABS
-
-
Distribuição Eletrônica de Frenagem
-
-
Ar-Condicionado
-
-
Travas Elétricas
-
-
Ar Quente
-
-
Piloto Automático
-
-
Volante com Regulagem de Altura
-
-
Vidros Elétricos Dianteiros
-
-
Vidros Elétricos Traseiros
-
-
Central Multimídia
-
-
Rádio FM/AM
-
-
Entrada USB
-
-
Entrada Auxiliar
-
-
Banco de Couro
-
-
Banco do motorista com ajuste de altura
-
-
Bancos com ajustes elétricos
-
-
Desembaçador Traseiro
-
-
Computador de Bordo
-
-
Acendimento automático dos faróis
-
-
Faróis de neblina
-
-
Faróis com regulagem de altura
-
-
Bloqueio do diferencial
-